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ANA revela que Easyjet vai inaugurar base aérea em Lisboa

A companhia de baixo custos Easyjet vai abrir uma base aérea no aeroporto da Portela, em Lisboa, revelou em entrevista ao SOL o presidente do conselho de administração da ANA - Aeroportos de Portugal, Guilhermino Rodrigues. O anúncio será feito na próxima segunda-feira, dia 18 de Outubro, apurou o SOL
O líder da gestora dos aeroportos portugueses diz ainda que o novo aeroporto de Lisboa só «muito dificilmente» estará pronto em 2017, o prazo definido pela tutela. Até à inauguração da nova infra-estrutura, o crescimento na Portela estará condicionada e, no futuro, «a qualidade de serviço será deficiente» devido às limitações da capacidade.

Entrevista:

O tráfego do principal aeroporto da Portela, em Lisboa, tem batido recordes de tráfego ao longo deste ano. Qual a perspectiva de crescimento para o exercício?
Nós este ano temos uma perspectiva de crescimento de tráfego entre os 5% e os 6%. É a nossa expectativa, se tudo se mantiver de acordo com aquilo que tem sido a evolução do tráfego ao longo destes 10 meses. E pensamos que em 2010 teremos um tráfego superior ao de 2008, o melhor ano de sempre em Lisboa, em 2% ou 3%.


A tendência manter-se-á no próximo ano?
Esperamos que a tendência de crescimento possa continuar no próximo ano, em valores a rondarem os 2%, mas vamos aguardar para ver a evolução da conjuntura económica. Mas esperamos crescer. No entanto, não será ao mesmo ritmo de 2010, porque a base de 2009 era mais baixa.

De que modo as medidas de austeridades agora aprovadas pelo Governo podem influenciar o tráfego nos aeroportos portugueses e o negócio da ANA?
Naturalmente que podem ter impacto, por isso é que é importante esperar até ao fim para conseguirmos prever melhor qual o crescimento em 2011, que não será de facto tão forte como o de este ano.

O que está a empurrar o tráfego da ANA para níveis históricos?
Julgo que os aeroportos da ANA têm sido empurrados principalmente por ter havido uma concertação de todos os agentes turísticos, no sentido de haver um alinhamento das políticas de promoção do destino Portugal e Lisboa. Isso leva a que os próprios operadores ganhem confiança e possam apostar em Lisboa. Isso mesmo está espelhado nas apostas da Ryanair, com uma base no Porto e outra em Faro, e a perspectiva que se põe agora da Easyjet ter uma base em Lisboa também.

Existem negociações nesse sentido?
Existem. A breve prazo anunciaremos, a muito breve prazo. Nós não, a Easyjet, porque é a quem compete fazer esse anúncio.

Ainda este ano?
A muito breve prazo será anunciado. Gostaria também de referir que tudo isto está relacionado com o reconhecimento da qualidade dos serviços nos aeroportos português.

No entanto, Carlos Madeira (responsável pela NAER, entidade responsável pelo lançamento do novo aeroporto de Lisboa) disse, há instantes, que em Lisboa estão «a lidar com uma estrutura muito antiga e que a ANA está a fazer os seus esforços para potenciar ao máximo a infra-estrutura».
O aeroporto pode acolher sempre mais pessoas, mas esse acolhimento faz-se com uma qualidade de serviço inferior. Por outro lado, a própria limitação de capacidade nas horas de ponta também afasta algumas companhias de voarem para Lisboa, e isso prejudica o destino. Não quer dizer que o destino não possa ir crescendo, mas está condicionado por uma estrutura que não presta o melhor serviço e que não tem capacidade de resposta para aquilo que são as necessidades preferenciais das companhias aéreas. Não quer dizer que elas não se venham a ajustar, mas por vezes não é possível proceder a esse ajustamento. Não há aqui nenhum drama. No entanto, o aeroporto pode continuar a crescer, só que nestas condições estará a prestar uma qualidade de serviço deficiente aos seus utilizadores e às companhias aéreas. E está a condicionar também o crescimento que poderia ser muito maior se tivéssemos mais capacidade disponível.

Acredita que o novo aeroporto será uma realidade em 2017?
A decisão do novo aeroporto é algo que depende do Governo. Eu acho que depende da forma que for feita e do caminho que for definido pelo poder político.

Mas o aeroporto estará pronto em 2017?
Muito dificilmente conseguiremos em 2017.

Não tem sido contactado pela tutela no sentido de avançar com a privatização da empresa?
Todas as decisões relacionadas com o novo aeroporto e com a privatização da ANA devem ser comentadas pelo meu accionista.

Mas o Governo está concertado com a ANA?
O conselho de administração da ANA toma decisões no âmbito da sua gestão. Relativamente a questões tão estratégicas, elas são tomadas necessariamente pelo accionista. Não há nenhuma confusão entre o Governo e a ANA. As questões relativas ao novo aeroporto e à privatização são da exclusiva responsabilidade do accionista. É evidente que a gestão se relaciona com o accionista e lhe fornece toda a informação.

A ANA vai apresentar lucros no final deste exercício, mais uma vez?
Com certeza.

Fonte:Sol

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