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Aviação executiva ainda espera planos de logística para a Copa do Mundo

Enquanto os órgãos reguladores do governo discutem com as companhias áreas a reorganização da malha e incremento de voos para o período da Copa do Mundo, locadoras e fretadoras de jatos executivos e helicópteros ainda não sabem como vão operar a logística de empresários e de autoridades que desejam exclusividade no deslocamento entre as cidades-sede do evento. Com contratos já assinados e uma projeção de demanda até 50% superior para os meses de junho e julho, as empresas temem que o atraso na divulgação das regras resulte na fuga de clientes diante de eventuais restrições operacionais, a exemplo do que aconteceu em grandes eventos de 2013, quando o espaço aéreo, segunda as empresas do setor, chegou a ficar fechado para a aviação executiva.

Baseada em São Paulo, a Global Aviation, que gerencia cerca de 30 aeronaves, hoje corre contra o tempo para inaugurar um hangar em Sorocaba, no interior do estado. Em tese, a instalação ajudaria a empresa a driblar o gargalo aeroportuário já durante o período da Copa, mas ainda não há certeza sobre sua utilidade diante da ausência de um agenda operacional para os jatinhos. “Por mais que eu possa utilizar o meu hangar, não sei se vou poder colocar a aeronave no ar. Não sabemos onde ela vai poder descer”, resume Marcio Pacheco, diretor-geral da Global, que acrescenta: “A gente quer acreditar que haverá espaço, mas ainda não tem nada certo. No ano passado, na Copa das Confederações e na Jornada Mundial da Juventude, não pudemos decolar. Há agora um considerável aumento no número de voos da aviação comercial, que deve reduzir ainda mais o número de slots (posições definidas para saída e chegada de aeronaves) para a aviação executiva dentro dos principais aeroportos. Estamos temerários”.
Alocada no Rio de Janeiro, a Lynx Táxi Aéreo, também precisa conviver com essa angústia diante de um aumento no número de consultas na casa de 30%. “Os aeroportos tradicionais não vão comportar os jatinhos. Isso me parece claro. O que ainda não é claro é para onde vai essa demanda. A gente espera que o governo abra aeroportos alternativos”, pondera o Paulo Castello Branco, presidente do Grupo Águia, conglomerado de empresas onde está alocada a Lynx.
O setor já esperava contar desde o fim do ano passado com uma resposta oficial do governo através da Secretaria de Aviação Civil (SAC), Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e ou Infraero. No entanto, o prazo limite considerado pelas empresas, diante da necessidade de planejar o gerenciamento da demanda e fechar contratos de transporte aéreo, é até o fim de fevereiro. “Precisamos urgentemente de uma posição neste primeiro bimestre. Se adiar além disso, corremos risco (de perda de receita)”, pondera Pacheco, que calcula um incremento de demanda entre 30% e 50% em uma previsão, segundo ele, conservadora.
Ex-presidente da TAM e profundo conhecedor do tema, Castello Branco tem participado desde o ano passado das discussões com a Anac sobre o tema. O desfecho, no entanto, ainda não está claro. “Tudo indica que vai haver um plano de contingência. Resta saber como ele vai ser, quais aeroportos vão estar abertos, para que a gente consiga estudar as nossas melhores opções”.
Por ora, as empresas têm disponibilizado um terço dos equipamentos, entre aviões e helicópteros, para contratos fixos. O restante ficará para os chamados “spots”, as locações pontuais. Uma proporção que muda de acordo com o que vier a ser determinado pelo governo.
Além dos jatinhos que trafegam rotineiramente no espaço aéreo brasileiro, a aviação executiva prevê um desafio logístico ainda maior em virtude dos equipamentos que devem trazer autoridades e empresários do exterior (e circular pelo país durante o evento).
Em nota, a Anac considerou que a definição dos slots deve acontecer às vésperas do evento tendo em vista que, ao contrário das companhias áreas que apresentam escala regular de voos, a demanda da aviação geral (ou executiva) apresenta menor antecedência. “Os procedimentos para solicitação de slots para aviação geral nos 25 aeroportos coordenados serão divulgados posteriormente, tendo em vista que essa demanda é observada apenas em data próxima ao início do evento, assim como aconteceu na Copa das Confederações realizada em junho passado”, apontou a agência. Dos 25 aeroportos citados, 12 estão localizados nas cidades-sede, além dos outros 13 no raio de até 200 quilômetros de distância. A SAC determina o mínimo de 10% dos slots de cada aeroporto para a aviação executiva.

As informações são"Brasil Econômico - Daniel Carmona via IG".Sempre é citado o link de referência.

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