A empresa de Manutenção e Engenharia da TAP no Brasil (a antiga VEM) acaba de assinar um contrato com a TAM para grandes inspeções a sete aviões da frota da companhia aérea brasileira. São três Boeing 767 e quatro Airbus: dois A330 e dois A320. O valor do acordo não foi revelado, mas este contrato acontece na melhor altura. Esta unidade da TAP tem sido apontada, até pelo Governo, como o calcanhar de Aquiles da privatização, apesar de Fernando Pinto ter a opinião contrária: apesar dos prejuízos, a empresa não só já começou a melhorar os resultados em 2011, como, segundo o CEO da companhia, é inevitável que em breve esteja a dar lucro. O mercado de aviação brasileiro está em forte crescimento e tem uma particularidade: há muitos aviões com muitas horas de voo, o que valoriza os serviços de manutenção.
Os dois primeiros aviões deste contrato assinado com a TAM já estão a ser arranjados, um no centro de manutenção de Porto Alegre e o outro nas instalações (as maiores) do Rio de Janeiro - 15 mil metros quadrados. As inspeções seguintes irão decorrer ao longo do segundo semestre e serão divididas pelos dois centro de manutenção: para o Rio vão as aeronaves de maior porte (os 767), enquanto os A330 seguem para Porto Alegre, no Sul do Brasil.
O negócio que Fernando Pinto comprou à Varig em 2006 é mais do que uma oficina onde se arranjam alguns aviões. A TAP Engenharia & Manutenção tinha 27 bases distribuídas pelo Brasil quando mudou de mãos. Estava sobredimensionada para a nova realidade: onde a Varig aterrava, havia quase sempre um hangar com oficina, mecânicos, engenheiros e armazéns. Ou seja, custos, despesas e prejuízos. Cuidar da frota da Varig consumia 80% dos recursos da empresa.
As informações são"Dinheiro Vivo".Sempre é citado o link de referência. O conteúdo é de Responsabilidade:Patricia McInnes Queiroz