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Injectores terão provocado o incidente da TAAG

Um relatório preliminar divulgado pelo Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves (GPIAA), do Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações de Portugal acredita que o incidente que envolveu a aeronave Boeing 777/200 da TAAG, em Lisboa, no dia 6 de Dezembro terá sido causado pelo funcionamento defeituoso dos injectores de combustível.
O incidente ocorreu depois da descolagem do aeroporto de Lisboa. Em direcção a sudoeste, o motor do lado direito da aeronave S/N 34567, matrícula D2-TEF, sofreu uma perda de rotações, acompanhada de um aumento de EGT e vibração do motor, a qual diminuiu quando a alavanca de controlo de potência foi reduzida.
Apesar desta suspeita dos investigadores portugueses, a equipa segue agora um plano proposto pela General Electrics, empresa que fabrica os motores que constam das aeronaves adquiridas há quatro anos pela companhia angolana de bandeira.
O referido plano prevê, segundo o relatório que tivemos acesso, a remoção do motor direito da aeronave e o envio do propulsor para as instalações do Centro de Suporte de Motores GE-90 no País de Gales, no Reino Unido.
Vai-se proceder igualmente um exame borescópico completo a toda a zona quente do motor, assim como a desmontagem das várias secções do motor e proceder à inspecção e aos testes de material necessários para determinar as causas do evento.
Os difusores da câmara de combustão e o HMU serão enviados também aos respectivos fornecedores, nomeadamente a Parker e a Woodward, para investigação detalhada.
O Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves de Portugal realça ainda no mesmo documento, assinado pelo investigador responsável, António A. Alves, que continuará a ser efectuado o tratamento e análise dos dados e evidências já recolhidas, ao nível dos diversos grupos de trabalho, com vista ao pleno esclarecimento do evento e determinação das suas causas.
Sobre o incidente de Lisboa, onde se acredita que do avião da TAAG caíram algumas peças que danificaram carros e outros bens em território luso, uma fonte deste jornal em Luanda garantiu que também já se ventilou a hipótese de que o problema tenha sido originado pela “má qualidade do combustível”.
Está também fora de hipótese a possibilidade de o incidente ter sido causado por factores meteorológicos, porque o tempo que se fazia em Lisboa, de acordo com o documento, não punha restrições à operação.
Os investigadores portugueses informam, no mesmo documento, que a General Electrics, fabricante dos motores em causa, distribuiu por todos os operadores deste tipo de motor, uma carta de informação sobre o que aconteceu com a aeronave da TAAG.  O resultado preliminar indica que o fabricante recomenda aos operadores das aeronaves B-777 que efectuem um exame borescópico que cubra toda a zona da câmara de combustão e turbinas. A investigação é acompanhada por técnicos da própria TAAG e do Instituto Nacional de Aviação Civil (INAVIC).
O resultado preliminar reforça as suspeitas existentes no seio da própria TAAG, cujo porta-voz, Rui Carreira, desresponsabilizou a companhia nos incidentes que ocorreram nos últimos meses com os aviões da marca americana adquiridos recentemente.
Há cerca de um mês, Rui Carreira contou a este jornal que a General Motors havia registado 13.900 eventos semelhantes ao que ocorreu em Lisboa, envolvendo os motores utilizados nos Boeings 777-200, razão pela qual a transportadora angolana só tomaria uma decisão definitiva após a conclusão da investigação.
 O caso de Lisboa foi antecedido por outros dois incidentes envolvendo aeronaves da mesma marca, também equipados com motores de General Electrics. O primeiro terá acontecido na China, em Julho do ano passado e o segundo no dia 21 de Outubro do mesmo ano, no Brasil, onde a tripulação foi obrigada a abortar a descolagem por problemas no motor direito.
TAAG SEM FROTA 
Os Boeing 777-200, adquiridos pelo Estado angolano há quatro anos, encontram-se paralisados. Duas aeronaves estão a ser reparadas em Lisboa e a outra no Rio de Janeiro para o mesmo fim.
Cada um dos motores fabricados pela General Electrics pode custar entre os 20 a 50 milhões de dólares.
Cada uma das aeronaves em terra possui dois motores, o que pode perfazer um valor superior a 100 milhões de dólares caso a companhia tenha de adquiri-los novamente, segundo uma fonte da companhia.  O “Kuito”, que já foi uma das coqueluches da companhia, antes da chegada dos novos aparelhos, encontra-se parqueado em Joanesburgo, África do Sul, há cerca de um ano.



Via:Jornal da Nova Angola

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