Para Infraero e Anac, situação do transporte aéreo está normal

BRASÍLIA - Mesmo com o índice de atraso de 34,2% dos voos domésticos até às 13 horas, a Infraero e a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) informam que o transporte aéreo do país está em situações normais. A justificativa para os atrasos é a grande demanda pelo serviço, já prevista para o período de fim de ano. Juntam-se a isso condições meteorológicas adversas e alguns problemas técnicos.
No caso da Anac, há equipes técnicas de monitoramento em 11 principais aeroportos do país. Alguns são acompanhados pelos próprios diretores da agência reguladora. Os problemas com as condições do tempo foram verificados principalmente na região Sudeste, nos aeroportos do Rio de Janeiro e São Paulo.
O foco prioritário de fiscalização da Anac é o cumprimento das regras sobre os direitos dos usuários. As companhias devem garantir acesso à internet e telefonemas em caso de atraso superior a uma hora. Em esperas maiores que duas horas, deve ser dado aos passageiros a alimentação e, se extrapolado quatro horas de espera, a hospedagem e acomodação.
A presidente da Anac, Solange Vieira, concederá entrevista nesta tarde para reforçar que, com o fim da ameaça de greve dos aeronautas e aeroviários, os serviços nos aeroportos devem seguir tranquilos até a virada do ano. As entidades sindicais desistiram da greve em cumprimento à liminar da Justiça que determinou a manutenção de 80% das atividades e fixou multa diária de R$ 100 mil em caso de descumprimento.
A agência considera que, além da alta demanda nesta época, há uma mudança de perfil de usuário. Os passageiros que viajam durante o ano por razões profissionais costumam levar apenas bagagem de mão e já estão habituados aos procedimentos de apresentação dos documentos.
Esta situação, segundo a agência, é inversa ao que acontece com a maioria dos passageiros que viaja em período de férias, que demanda mais atenção das companhias. Assim, a Anac recomenda a apresentação para check in com uma hora e meia de antecedência ao embarque em voos nacionais e com três horas para viagens internacionais, este último por incluir procedimentos com órgão de migração, Polícia Federal e Receita Federal.
A Infraero alega não haver problemas com a infraestrutura dos 67 aeroportos que administra no país. A estatal mantém regime especial de trabalho, que contou com o remanejamento e contratação de novos funcionários para as áreas de operações, manutenção e navegação aérea. Além disso, a companhia preparou planos de contingências que definem os procedimentos a ser adotados nos aeroportos em caso de situação de anormalidade.



Via:Valor Online - Rafael Bitencourt