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Cortes salariais vão permitir à TAP poupar 1,2 milhões de euros por ano só com chefes

A TAP vai poupar pouco mais de 1,2 milhões de euros por ano em salários com os 182 administradores e chefes que tem só no transporte aéreo, isto caso a proposta do governo de avançar com cortes nas remunerações brutas das empresas públicas avance. Só na administração e no conselho geral de supervisão - e considerando os valores pagos em 2009 a 11 gestores -, a redução anual chega aos 233,8 mil euros, ou 10% do total.

Já nos 171 cargos de chefias intermédias que a TAP detém no transporte aéreo - não inclui Groundforce por exemplo -, haverá um corte total de 986 mil euros - menos 9,41% -, isto tendo em conta os salários médios auferidos por cada um dos gestores incluídos nos 11 níveis de chefia da hierarquia da empresa. Em seis destes níveis o corte é o máximo possível - 10%, já que ganham mais de 4,2 mil euros por mês -, ao passo que em cinco desses diferentes níveis os cortes oscilam entre os 7,53% - salário médio de 2969 euros mensais - e os 9,98% - salário médio de 4158 euros/mês. No nível hierárquico onde a TAP conta com mais chefes (51), o corte prometido pela austeridade de Sócrates para 2011 ronda os 8,96%, já que estas cinco dezenas de chefes ganham em média 3579 euros por mês. Tudo somado, e considerando as médias individuais de cada nível hierárquico, cada um dos 171 chefes intermédios da transportadora aérea vai levar para casa menos 411,8 euros por mês, passando assim a ganhar 3966 euros de salário bruto, em média. Estes ordenados médios de cada um dos 171 cargos de chefia na TAP foram avançados pela própria empresa ao Ministério das Obras Públicas.

Aos cargos de chefia, juntam-se ainda mais 11 administradores ou gestores na administração de Fernando Pinto e no conselho geral de supervisão da empresa. O líder da TAP aufere um salário mensal de 30 mil euros, ao qual serão retirados três mil euros, o que fará com que a sua remuneração anual passe dos 420 mil euros para os 378 mil euros. Michael Connoly, Luiz Mór, Jorge Sobral ou Manoel Torres, administradores de Fernando Pinto, receberão por seu turno menos 28 mil euros por ano, passando a auferir 252 mil euros anuais.

No total, que agora já inclui todo o grupo TAP, a transportadora gasta perto de 380 milhões de euros por ano - nem tudo pago em Portugal - com os salários dos seus 13,4 mil trabalhadores.

Sindicatos à beira da greve As crises trazem consigo clichés de que é impossível fugir. A união faz a força, é um deles. Depois de UGT e CGTP terem decidido convocar greve geral, ontem foi a vez de os sindicatos afectos à aviação civil se unirem e manifestarem a intransigência face não só aos anunciados cortes salariais como contra as demais medidas de austeridade anunciadas. O sector - companhias, aeroportos, manutenção, etc... - está assim a um passo de aderir à paralisação de 24 de Novembro. A adesão será discutida individualmente por cada sindicato mas, no final da reunião de ontem, foi assinado um comunicado conjunto para deixar clara uma mensagem: "Não vamos aceitar de forma alguma a imposição destas medidas." Nesta reunião esteve o SQAC (quadros da aviação), o SNPVAC (tripulantes), o STHA (handling), o Sincta (controladores), o SPAC (pilotos), Sitava, Sindav e Sintac (trabalhadores da aviação e aeroportos), o SIMA (Indústrias Metalúrgicas) e o Sistema (Manutenção).

Sobre a posição específica dos tripulantes, Cristina Vigon, do SNPVAC, avançou ao i que a recomendação do sindicato será a de que "devem aderir à greve".


Fonte:i Informação

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