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Tragédia aérea não pode ser esquecida

Para pedir providências à American Airlines e à Excelaire, empresas onde hoje trabalham os pilotos norte-americanos do jato Legacy que se envolveu numa acidente com um avião da Gol em 2006, a Associação dos Familiares e Amigos das Vítimas do voo 1907 iniciou uma campanha para mostrar para a população que as vítimas são todos os brasileiros, e não só os familiares das 154 vítimas. Através do site www.190milhoesdevitimas.com.br os interessados podem assinar a petição para que o brevê dos pilotos seja cassado.

Na próxima quarta-feira, o segundo maior acidente aéreo do Brasil, envolvendo o Boeing da Gol e o Legacy, completa quatro anos sem a punição dos responsáveis. Os pilotos norte-americanos Joseph Lepore e Jan Paul Paladino, que voavam fora da altitude permitida e com equipamentos de segurança desligados, retornaram aos Estados Unidos sessenta dias depois de sobreviver à colisão e continuam atuando em empresas aéreas.

“Estamos há quatro anos brigando com potências e com o próprio Brasil, porque com todas as provas em mãos os pilotos ainda não foram condenados. Todos os brasileiros estão a mercê de tudo isso”, desabafa Rosane Gutjahr, esposa de Rolf Ferdinando Gutjahr, de 50 anos, uma das vítimas do acidente.

O casal decidiu se mudar do Rio Grande do Sul para Curitiba há 14 anos e administrava empresas em Manaus. Além de Rolf, outras três vítimas do acidente, inclusive um comissário de bordo, eram paranaenses. "A Gol só me deu o caixão e um ano de auxílio psicológico e plano de saúde, que foram conquistados com muita briga”, ressalta.

De acordo com ela, algumas famílias já foram indenizadas, em outros casos a Gol recorreu da decisão judicial contestando o valor do pagamento e em situações como a da família dela, não houve acordo.

“Para aceitar acordo teríamos que desistir de qualquer processo criminal ou civil no Brasil e exterior, mas nós queremos a punição dos culpados. Algumas pessoas só não passaram fome porque os familiares ajudaram, e foram essas que se sujeitaram a receber R$ 30 mil para sobreviver. Não podemos julgar”, afirma.

Quatro anos depois de perder o marido, Rosane não se conforma com a impunidade. “Foi constatado nos dois processos que eles respondem no Brasil que eles ligaram o avião com um equipamento de segurança desligado, não respeitaram o plano de voo e não conheciam a operacionalidade da aeronave. Mesmo assim, eles voltaram para os Estados Unidos e continuam transportando milhões de pessoas”, frisa. As duas empresas americanas enviaram nota oficial à associação informando que não viam razão para cassar o brevê dos acusados.


Fonte: Paraná-Online

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