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Forças Atléticas Armadas

Num ambiente em que a hierarquia e a disciplina são conceitos respeitados ao extremo, o esporte é a maneira encontrada para estimular ainda mais a ordem. Por isso, é praticado diariamente nas Forças Armadas. Exército, Marinha e Aeronáutica adotam o exercício físico com o objetivo de deixar o militar pronto para uma situação de combate. Embora nem todos sejam esportistas, precisam passar por um mínimo de atividades físicas. Em Caxias do Sul não é diferente. Tudo isso ficará em evidência em 2011, quando será realizada no Rio de Janeiro a quinta edição dos Jogos Mundiais Militares.

Assim como são necessários cozinheiros, médicos, enfermeiros, motoristas e mecânicos dentro de uma organização, os atletas também têm função importante nas Forças Armadas. Eles cumprem com as obrigações militares, como qualquer outro integrante, e dedicam o restante do tempo para treinar. Não há privilégios, de acordo com o contra-almirante Bernardo José Pierantoni Gambôa, presidente da Comissão Desportiva Militar do Brasil.

A participação é voluntária e ninguém é forçado a integrar uma equipe competitiva. No momento em que há o interesse, o candidato é avaliado por treinadores, que podem ser civis. Os especialistas analisam o potencial de cada um e aconselham em qual modalidade o militar pode se destacar. Uma vez que um talento é detectado, recebe apoio para se dedicar àquela atividade. Os melhores integram as seleções brasileiras e os que resistirem a mais um processo seletivo serão os representantes do Brasil nos Jogos Mundiais. O processo de recrutamento e formação de equipes está em andamento.

– Para se tornar um bom esportista é preciso ser uma pessoa de bem, disciplinada, organizada. Se tiver esses valores, além de capacidade emocional, o esportista vai agregá-los para se tornar também um bom militar – atesta Gambôa.

A disciplina encontra a sua fatia nas Forças Armadas também por meio do esporte. Como toda modalidade tem uma regra, induz ao bom comportamento de forma amigável, na opinião do contra-almirante Gambôa.

– É preciso ter o fair play, a camaradagem entre os esportistas. Quando se disputa a bola, se briga pela bola e não com o concorrente. O fair play se caracteriza pela lealdade, pela amizade, pela fraternidade. É inaceitável um jogador entrar de forma maldosa e machucar um companheiro. Hoje, ele pode estar jogando em uma equipe adversária; amanhã, na mesma – ensina.

Promoção da paz – Assim como no caso dos civis, nas Forças Armadas o número de atletas que integram as seleções brasileiras militares é limitado. Embora não exista uma estatística, Gambôa estima que a participação corresponda a, no máximo, 10%. Em 2011, cerca de 250 atletas militares devem representar o Brasil nos Jogos. Ao todo, são quase 600 envolvidos. A quarta edição ocorreu em 2007, na Índia, e a próxima, prevista para 2015, ainda não tem sede definida.

– Os Jogos são uma forma de nos prepararmos para as Olimpíadas de 2016. Pretendemos trazer para o Brasil mais de 110 países e juntos vamos incentivar a promoção da paz. As Olimpíadas nasceram para se fazer um pacto de paz entre as guerras. Era um período criado para relaxamento entre as batalhas, além de dar descanso às tropas e promover a paz. Queremos seguir o exemplo milenar da Grécia antiga e usar o esporte como o grande promotor da paz – crê o contra-almirante.

Participação civil – Nos últimos anos, o Brasil teve resultados modestos nos Jogos Mundiais Militares. Como é o país-sede, a intenção agora é mudar essa escrita e conquistar medalhas. Para isso, as Forças Armadas incentivam a participação de atletas de alto rendimento. Na verdade, trata-se de uma troca. Os esportistas ganham a estrutura necessária para treinar, pois constantemente enfrentam dificuldade quanto a patrocinadores. Já o Exército, a Marinha e a Aeronáutica ganham atletas de ponta e, por consequência, maiores possibilidades de brilhar em 2011 e, quem sabe, em 2012, em Londres.

– Há um edital público segundo o qual qualquer cidadão brasileiro pode se candidatar, desde que preencha os requisitos. Quem tiver melhor qualificação será escolhido. Aí, ingressa nas Forças Armadas, faz um período de estágio, se torna um militar e começa a cumprir suas atividades, com enfoque no esporte que é a especialidade dele – explica.

Alguns atletas de ponta já ingressaram nas Forças Armadas com o objetivo de disputar os Jogos Mundiais Militares, caso da lutadora de taekwondo Natalia Falavigna. Ela apareceu fardada na cerimônia do Prêmio Brasil Olímpico. Essa prática é comum em outros países.

FONTE:Pioneiro

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