O acidente que matou a menina Thauane Feitosa, de 7 anos, na última quarta-feira (19), em Araguaína, no norte do Tocantins, levantou dúvidas em relação ao preparo dos pilotos tocantinenses. Em dez dias esse foi o segundo caso de acidente aéreo registrado no estado. O primeiro foi no dia nove deste mês, na zona rural de Palmas. A queda dessas aeronaves chama a atenção também para a situação dos aviões.
No estado existem 191 aviões particulares e desses 58 não tem permissão pra decolar, segundo relatório divulgado pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Além disso, em todo estado existe apenas uma escola de formação de pilotos credenciada pela agência. Localizada em Porto Nacional, a escola realiza o sonho de quem deseja se tornar piloto de avião.
É o caso de Alex Silveira Alencar, de 21 anos. Há dois anos ele deu início ao curso de piloto privado. Ele conta que está realizando um sonho de criança. "A professora pediu para que eu fizesse um desenho na escola e o primeiro que fiz foi um avião. A partir daí como eu morava perto do aeroporto, sempre ia ver os aviões. Em contato com os pilotos desenvolvi a vocação", afirma.
Pra se formar, os alunos recebem instruções teóricas. Conhecem a estrutura técnica de uma aeronave. Pra, a partir daí, aprender de fato a pilotar um avião. Na categoria piloto privado, o primeiro nível, são necessários ter no mínimo 43 horas de voo. Os alunos ainda recebem instruções em um equipamento que reproduz exatamente as condições de um voo real com o tempo nublado, chuvoso e até com turbulência.
O comandante Márcio Trevisan é o diretor de instrução e segurança de voo do aeroclube. Ele tem mais de 4 mil horas de voo. "A gente insere no processo de aprendizado do aluno noções de segurança de voo, cuidados com a saúde dele, com a aeronave sobre a característica técnica na qual ele identifica possíveis deficiências e perdas da capacidade de funcionamento da aeronave. Isso faz com que o aluno não leve susto durante o voo em detrimento da falta de conhecimento dele", explica.
Lédson é piloto comercial. Tem mil horas de voo e sete anos de experiência. Ele conta que os pilotos precisam ter um preparo melhor que o dos motoristas de carro por exemplo. "O avião você tem que pensar sempre na frente porque se for deixar para agir só na hora que acontece o problema às vezes não dá tempo [de encontrar uma solução]. O carro você consegue frear, estacionar, mas o avião não. Tem que ser pensado antes para depois executar", argumenta.
As informações são"http://g1.globo.com/to/tocantins/noticia/2014/02/tocantins-possui-apenas-uma-escola-de-pilotos-credenciada-segundo-anac.html".Sempre é citado o link de referência. The information is "" Is always quoted the reference link.