O piloto brasileiro Roy Rogers Silva Ferraz e o piloto boliviano Edgar Belen Inturias foram condenados a 11 e 7 anos de prisão, respectivamente, além de multa em dinheiro pelos crimes de tráfico de drogas e falsidade ideológica. Em março de 2011, a aeronave em que estavam caiu na Serra do Amolar com 580 kg de cocaína. A condenação saiu nesta terça-feira (23).
O Ministério Público Federal em Mato Grosso do Sul (MPF/MS) conseguiu na Justiça Federal a condenação dos pilotos. Segundo informações do MPF/MS, a sentença atendeu aos pedidos feitos na ação penal do órgão.
Roy Rogers, piloto, dono da aeronave e responsável pela carga foi condenado a 11 anos e 11 meses de prisão e pagamento de R$ 38.364,48 pelo crime de tráfico de drogas e falsidade ideológica, já que mentiu ao afirmar que tinha autorização de voo na Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). O ajudante de Rogers, Edgar Belen Inturias, foi condenado a sete anos e seis meses de reclusão além de pagar R$ 13.620,00 pelo crime de tráfico de drogas.
O crime foi descoberto após um acidente com a aeronave na Serra do Amolar, próximo ao Posto Militar do Exército Brasileiro em Porto Índio, em Corumbá, a 444 quilômetros de Campo Grande. Com a ajuda dos militares, a Polícia Federal conseguiu localizar 580 kg de cocaína em volumes individuais de 1 kg.
O fato de Rogers estar com a licença para pilotar vencida há mais de um ano deixou evidente para o MPF que o piloto utilizava a aeronave para fins ilícitos, ou seja, tráfico internacional de drogas. Rogers foi denunciado pelo Ministério Público Federal pelo crime de falsidade ideológica ao usar nome de outros pilotos e operadores de voo para conseguir autorização da Anac.
Em março de 2011, o avião saiu da Bolívia com destino ao Brasil. A bordo, estavam somente Rogers e seu ajudante, contratado no país vizinho, Edgar Belen, além do entorpecente.
Rogers sobrevoava o território brasileiro em baixa altitude, para não ser detectado pelos radares do Departamento de Controle de Tráfico Aéreo (Decea), e acabou colidindo na copa de algumas árvores até cair no solo.
Tanto Rogers quanto Belen negaram a autoria do tráfico, e alegaram, a princípio, que foram seqüestrados. Na época, Rogers chegou a afirmar que estava amarrado, sentado no assoalho do avião, no momento da queda. Já, Edgar Belen, contou à polícia que foi contratado na Bolívia para acompanhar o piloto no transporte da cocaína e que receberia mil dólares pelo trabalho, mas perante o juiz, contou uma segunda versão, dizendo que não conhecia Rogers e que ele teria sido pego à força na Bolívia, torturado e trazido ao Brasil contra sua vontade.
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