O projeto do governo uruguaio apresentado ao Parlamento para a liquidação da Pluna já é lei. Sob tensos e acalorados debates (incluindo acusações de congressistas), que voaram muito além da situação em questão, a aprovação foi na longa sessão que durou até a madrugada. Os aviões da frota poderão ser negociados e deverá ser aberto o caminho jurídico para a criação de uma nova empresa de bandeira.
Ainda no plano político, o ex-presidente do Uruguai, Tabaré Vázquez e o atual vice-presidente do país, Danilo Astori, admitiram responsabilidades na falência da companhia aérea Pluna, por terem impulsionado a venda da companhia aérea ao consórcio argentino Leadgate, em 2007.
Em um gesto incomum, Astori, que em 2007 era ministro da Economia de Vázquez, divulgou uma carta onde indicava o desejo de "assumir plena e totalmente" sua responsabilidade pelo erro. O ex-presidente resolveu dividir a situação, solidarizando-se com o ex-ministro, e se considerando também como responsável, lembrando que em seu governo a empresa pode sair de uma situação complicada junto à Varig.
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O sindicato dos funcionários da empresa continua procurando alguma outra solução e esta passa pela chegada a investidores, próximos ou distantes do Uruguai. Comenta-se que a chilena LAN (que acaba de se incorporar com a TAM na criação do grupo Latam), um grupo de investidores da Espanha e outro da China estariam entre os possíveis interessados, mas sem nenhuma confirmação. Quanto à direção da Buquebus, não houve mais nenhum avanço.
O empresário Juan Carlos López Mena, dono da companhia aérea que também é a dona do transporte fluvial entre a Argentina e o Uruguai, afirmou categoricamente que não deseja a aquisição dos 7 aviões Bombardier, “existem outros melhores e mais em conta”. Sobre as rotas que eram da Pluna, este já parece ser um outro assunto para o qual tem algum interesse.
O dono da BQB Líneas Aéreas em uma reunião com o presidente Jose Mujica, tratou da questão dos ônibus elétricos que pretende implantar na circulação em Montevidéu e que deverão se estender proximamente a Colônia e Punta del Este. Informou também que o transporte fluvial de sua empresa vai incorporar um outro barco ultra-moderno até o final do ano. Sobre a Pluna, garante que não foi assunto.
Enquanto não tem esta definição interna do setor aéreo, o Uruguai vai contando com os vizinhos. Além da brasileira GOL que já anunciou novo voo direto, a Aerolineas Argentinas e sua subsidiária Austral vão incrementar a partir de agosto, mais duas freqüências semanais entre Buenos Aires e Montevidéu. Passarão das 18 frequências atuais para 48 na ligação entre os aeroportos metropolitano Aeroparque e o de Carrasco.
Do aeroporto internacional de Ezeiza para a capital uruguaia, a Aerolinas mantém 7 frequências, e tem utilizado aviões com maior capacidade para atender à demanda.
As informações são"brasilturis".Sempre é citado o link de referência. O conteúdo é de Responsabilidade:Thiago Oliveira Ferraz