Outros dois fatores que explicam a rápida ascensão da Azul envolvem a conjuntura econômica e a própria criação da empresa. Em dezembro de 2008, quando a companhia passou a operar seus dois primeiros voos - Campinas-Salvador e Campinas-Porto Alegre -, 4,4 milhões de pessoas viajaram dentro do País. Já em dezembro de 2011, o número saltou para 7,4 milhões, segundo dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). No mesmo período, a participação de mercado da empresa pulou de 0,03% para 9,77%. "É natural que uma empresa nova seja mais agressiva e cresça mais rápido que as outras dentro do mercado", diz Canêdo.
No entanto, nem todas as frentes criativas saíram do papel. No início de maio, a Azul anunciou testes, após anos de atraso, para usar televisões com transmissões ao vivo das redes abertas nacionais em suas aeronaves. A expectativa da empresa é que até o fim de junho deste ano 38 jatos tenham monitores individuais para exibir programas, via satélites, sem custo adicional para os passageiros. O serviço havia sido prometido por Neeleman no lançamento da empresa, mas foi preciso desenvolver uma antena compacta para as aeronaves captarem os sinais de TV - o que atrasou esse lançamento.
Confira os números da fusão
- A união das companhias aéreas Azul e Trip dará origem a um grupo com receita de R$ 4,2 bilhões em 2012
- A holding passará a ter cerca de 14% do mercado doméstico
- A Azul Trip S.A. nasce com 8,7 mil funcionários operando para 96 destinos com 112 aviões, sendo 62 da Embraer e 50 turboélices da ATR
- Serão 837 voos diários e 316 diferentes rotas
- As sinergias com a fusão de Azul e Trip não foram divulgadas pelos seus principais executivos, que descartaram demissões de tripulantes e funcionários de solo
- O acordo entre as duas empresas não envolve desembolso de dinheiro. Os atuais sócios da Azul terão 66% da holding e o restante ficará com os acionistas da Trip.
As informações são"Tribuna da Bahia".Sempre é citado o link de referência.