“O atraso na privatização” da TAP já vai longo, “no mínimo 18 meses”, disse ontem Willie Walsh, CEO da Internatinal Airlines Group (AIG), a empresa que fundiu as operações da British Airways à Ibéria e recentemente comprou a BMI. E por causa deste atraso e deste último investimento, "o mundo mudou muito”, mudou tanto que a AIG considera “realmente pouco provável fazer uma proposta” para aquisição da TAP.
“O processo de privatização ainda nem começou”, resumiu Walsh, embora não seja bem verdade -- o processo já começou com a escolha dos bancos de investimento que vão concretizar a operação --, na realidade o atraso existe mesmo. Nem sequer são apenas os 18 meses referidos por Willie Walsh, são mais -- já são 12 anos.
Fernando Pinto foi contratado para CEO da transportadora aérea, já lá vai mais de uma década, precisamente para coordenar a privatização, que só deve estar concluída no último trimestre do ano. “O processo está andando”, confirma Pinto, recusando comentar o aparente desinteresse da AIG, até há bem pouco considerado o candidato mais forte.
Willie Walsh identifica os problemas na Zona Euro, a crise da dívida soberana portuguesa e até a concorrência das companhias de aviação de baixo-custo como os factores que motivam este aparente desinteresse na privatização. “Repito, o mundo mudou, está tudo a mudar”, afirmou, recusando explicar o que têm a ver as low-cost com as rotas da TAP para o Brasil, factor diferenciador da companhia portuguesa e que tem atraído o interesse de outras transportadoras aéreas.
As informações são"Dinheiro Vivo".Sempre é citado o link de referência. O conteúdo é de Responsabilidade:Patricia McInnes Queiroz