"Não é todo dia que a gente vê um Boeing na estrada". A frase é do empresário de Jaboticabal Ricardo Moresalchi, de 49 anos. Ele foi um dos muitos curiosos que usaram câmeras para registrar, na Washington Luís, sábado, a passagem da aeronave 737, que fez parte da história da aviação brasileira e serviu à Vasp entre 1969 e 2005.
O modelo tem 30,53 metros de comprimento e 28,3 metros de envergadura (de asa a asa). Uma verdadeira "operação de guerra" foi articulada para retirar a carcaça do avião do Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, na quinta-feira. "A ideia era já levar hoje (ontem) o avião até uma chácara em Araraquara, mas choveu e com lama preferimos não arriscar", diz Henrique Paulo Fernandes Junior, proprietário da Fama Transportes, que pretende concluir a operação amanhã. O custo da viagem não foi revelado, mas deve ser superior aos R$ 133 mil pagos pelo ex-piloto Edinei Capistrano pelo avião.
A viagem foi lenta. O avião andou em tímidos 35 km/h. Ele veio em cima de uma carreta de 25 metros e 16 pneus conduzida por Gilberto Beluzo, 46. "Se eu ganhasse um real por cada foto que tiraram eu estava rico", afirma o caminhoneiro, que jamais imaginou transportar um avião comercial.
O Boeing disputou espaço entre carros e motos. Motoristas aceleravam e paravam parecendo não acreditar no que viam. Ex-oficial de operação de voo da Vasp, Rubens Costa Junior, 54, mora em Ibitinga e quase não acreditou quando ultrapassou a aeronave na rodovia. "Trabalhei doze anos na Vasp e não acredito no que estou vendo".
As informações são"Jornal A Cidade".Sempre é citado o link de referência. O conteúdo é de Responsabilidade:Denilson Pereira da Silva