Uma raríssima e extremamente poderosa tempestade de inverno, uma espécie de "furacão de gelo", se formou este mês sobre o Alasca, surpreendendo cientistas e a população desse estado americano. A comunidade de Nome foi atingida por ventos de 120 km/h e uma maré de tempestade de 3 metros de altura. Marés de tempestade ocorrem quando o mar avança como uma única torrente sobre a Terra. O Serviço Nacional do Tempo dos Estados Unidos disse que o vento chegou a 150 km/h em Wales, a noroeste de Nome.
Alertas de inundação estão em vigor no Alasca. A tempestade se parece com um furacão, embora nada tenha de tropical. Furacões são tempestades tropicais, alimentados pelas águas extremamente quentes do Atlântico Norte tropical. Como nos furacões, a pressão do ar baixou muito, no caso para 945 milibares, equivalente à de um furacão de categoria 3 e poder altamente destrutivo. A tempestade gelada também se parece com um furacão, com paredes de nuvens com mais de dez quilômetros de altura girando em torno de um núcleo de baixa pressão.
Satélites e equipamentos a bordo da Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês) monitoram a misteriosa tempestade. Diferentemente do de um furacão, o núcleo da tempestade está cheio de ar gelado, e não quente.
A megatormenta se formou quando uma corrente de ar quente e úmido do Pacífico se chocou sobre o Mar de Bering com uma massa de ar frio vinda da Sibéria. Ventos fortes e sustentados por uma longa distância fizeram com que uma intensa maré de tempestade se formasse.
Essa é a mais violenta tempestade a atingir o Alasca desde 1974. Apesar de sua intensidade, a tormenta não fez vítimas ou causou prejuízos porque a região é pouco habitada. Cientistas a acompanham com interesse, porém, porque se houvesse se deslocado para uma área habitada, seus efeitos teriam sido devastadores.
As informações são"O Globo".Sempre é citado o link de referência. O conteúdo é de Responsabilidade: