O presidente da Infraero, Gustavo Vale, rebate projeção do Ipea e garante que os investimentos vão atender "não só à demanda da Copa, mas a de hoje e a dos brasileiros em 2014"
AGÊNCIA BRASIL
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Estudo do Ipea mostra que terminais não estão preparados para a movimentação gerada pela Copa em 2014
Brasília. O coordenador de Infraestrutura do Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (Ipea), Carlos Campos, disse ontem que as obras de ampliações dos aeroportos para a Copa do Mundo não darão conta da demanda em 2014 em pelo menos dez locais.
O pesquisador comparou as projeções de ampliação dos aeroportos feitas pela Infraero (estatal que controla os aeroportos brasileiros) com um crescimento anual de 10% - um cálculo "conservador", segundo Campos. Para o coordenador do Ipea, as ampliações dos aeroportos não conseguirão atender a essa demanda.
"O atual plano de investimento não vislumbrou uma projeção adequada para o aumento da demanda", afirmou o pesquisador. Os cálculos de Carlos Campos, contudo, não incluem terminais provisórios. "Os terminais provisórios podem ser uma solução para a demanda. Eu investiria muito esforço em terminais provisórios para que o investimento definitivo possa ser feito de maneira mais robusta", disse Carlos Campos.
As previsões do Ipea, entretanto, são pessimistas. Isso porque, de acordo com o pesquisador, nove aeroportos da Copa não estarão prontos para o evento - se mantida a média de duração das obras de infraestrutura do País.
O coordenador do Ipea critica ainda a pressa para o governo entregar à iniciativa privada os aeroportos de Guarulhos, Campinas e Brasília. Carlos Campos afirma que as concessões tomam tempo e não podem ser alternativa para 2014. "É inapropriada que em nome da urgência de 2014 os usuários sejam onerados até 2035", afirmou.
O presidente da Infraero, Gustavo do Vale, disse que "respeita" as projeções do Ipea, mas defendeu os cálculos da estatal. "Não fizemos uma projeção global. Nossos cálculos são individualizados, e há aeroportos com demanda de mais de 10% e menos do que isso", afirmou.
"O que posso garantir é que os investimentos vão atender não só a demanda da Copa, mas a de hoje e a dos brasileiros em 2014. Projeção é assim mesmo: não se faz uma projeção de três ou quatro anos esperando que ela seja rigorosamente o que se projetou", disse Gustavo do Vale. As declarações do presidente da Infraero e do pesquisador do Ipea foram feitas ontem em seminário promovido pelo Tribunal de Contas da União (TCU) sobre infraestrutura de eventos esportivos.
O Diário do Nordeste vem realizando uma série de matérias sobre a situação dos aeroportos das capitais nordestinas que sediarão a Copa. Quanto à infraestrutura nos terminais de Fortaleza, Natal, Recife e Salvador, a constatação é que ainda resta muito a ser feito.
Em Fortaleza, o Aeroporto Pinto Martins vai passar por obras para se adequar ao aumento no fluxo de passageiros. Os trabalhos devem prosseguir até 2016. No início deste mês, o ministro da Secretaria de Aviação Civil, Wagner Bittencourt, ratificou que o cronograma das intervenções e projetos planejados para 2014 estava sendo cumprido e que os prazos dos leilões de concessão (no caso dos equipamentos privatizados) e das licitações também estavam em dia.
Brasília. O coordenador de Infraestrutura do Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (Ipea), Carlos Campos, disse ontem que as obras de ampliações dos aeroportos para a Copa do Mundo não darão conta da demanda em 2014 em pelo menos dez locais.
O pesquisador comparou as projeções de ampliação dos aeroportos feitas pela Infraero (estatal que controla os aeroportos brasileiros) com um crescimento anual de 10% - um cálculo "conservador", segundo Campos. Para o coordenador do Ipea, as ampliações dos aeroportos não conseguirão atender a essa demanda.
"O atual plano de investimento não vislumbrou uma projeção adequada para o aumento da demanda", afirmou o pesquisador. Os cálculos de Carlos Campos, contudo, não incluem terminais provisórios. "Os terminais provisórios podem ser uma solução para a demanda. Eu investiria muito esforço em terminais provisórios para que o investimento definitivo possa ser feito de maneira mais robusta", disse Carlos Campos.
As previsões do Ipea, entretanto, são pessimistas. Isso porque, de acordo com o pesquisador, nove aeroportos da Copa não estarão prontos para o evento - se mantida a média de duração das obras de infraestrutura do País.
O coordenador do Ipea critica ainda a pressa para o governo entregar à iniciativa privada os aeroportos de Guarulhos, Campinas e Brasília. Carlos Campos afirma que as concessões tomam tempo e não podem ser alternativa para 2014. "É inapropriada que em nome da urgência de 2014 os usuários sejam onerados até 2035", afirmou.
O presidente da Infraero, Gustavo do Vale, disse que "respeita" as projeções do Ipea, mas defendeu os cálculos da estatal. "Não fizemos uma projeção global. Nossos cálculos são individualizados, e há aeroportos com demanda de mais de 10% e menos do que isso", afirmou.
"O que posso garantir é que os investimentos vão atender não só a demanda da Copa, mas a de hoje e a dos brasileiros em 2014. Projeção é assim mesmo: não se faz uma projeção de três ou quatro anos esperando que ela seja rigorosamente o que se projetou", disse Gustavo do Vale. As declarações do presidente da Infraero e do pesquisador do Ipea foram feitas ontem em seminário promovido pelo Tribunal de Contas da União (TCU) sobre infraestrutura de eventos esportivos.
O Diário do Nordeste vem realizando uma série de matérias sobre a situação dos aeroportos das capitais nordestinas que sediarão a Copa. Quanto à infraestrutura nos terminais de Fortaleza, Natal, Recife e Salvador, a constatação é que ainda resta muito a ser feito.
Em Fortaleza, o Aeroporto Pinto Martins vai passar por obras para se adequar ao aumento no fluxo de passageiros. Os trabalhos devem prosseguir até 2016. No início deste mês, o ministro da Secretaria de Aviação Civil, Wagner Bittencourt, ratificou que o cronograma das intervenções e projetos planejados para 2014 estava sendo cumprido e que os prazos dos leilões de concessão (no caso dos equipamentos privatizados) e das licitações também estavam em dia.
As informações são"Diário do Nordeste". Sempre é citado o link de referência. O conteúdo é de Responsabilidade:Camila Santos