A Air Berlin anunciou hoje que vai reduzir a frota em oito aviões, no âmbito de um programa baptizado de “Shape & Size” (Forma de Dimensão), especificando que ainda neste semestre vai cortar mais de 7,5 mil voos e 1,1 milhões e em 2012 os cortes atingem 16 mil voos e 2,2 milhões de lugares.
A companhia já tinha anunciado o corte de mais de um milhão de lugares neste semestre (clique para ler: Air Berlin corta mais de um milhão de lugares para voltar a ser rentável) e hoje vai mais longe, especificando que além de cancelar rotas não rentáveis e reduzir frequências de voos, também vai fazer uma “retirada parcial de aeroportos regionais” e concentrar-se nos hubs de Berlim, Dusseldorf, Palma de Maiorca (através do qual serve Portugal) e Viena.
O comunicado da Air Berlin divulgado hoje especifica ainda que entre as rotas não rentáveis que vai cortar contam-se Frankfurt - Hamburgo, Frankfurt - Nápoles, Estugarda - São Petersburgo, Munique - Cairo e Dusseldorf - Paris.
Estas medidas e o programa “Shape & Size” são a resposta da Air Berlin a condições de mercado que descreve como anormalmente difíceis, pelo encarecimento do preço do combustível, pela redução do tráfego de e para destinos no Norte de África, designadamente o Egipto, para onde voava 80 vezes por semana, e, também, a introdução de uma taxa aérea na Alemanha, que é, aliás, o principal alvo das críticas do CEO da companhia, Joachim Hunold.
“Hunold citou os aeroportos regionais como vítimas da taxa aérea”, lê-se no comunicado da Air Berlin, no qual é indicado que a companhia vai deixar de operar as ligações de Münster-Osnabrück para Londres, Viena e Sylt, de Colónia - Bona para vários destinos em Marrocos e para Valência, de Colónia para Innsbruck, Nápoles e Palermo, a rota Hanover - Londres, os voos de Karlsruhe, Dresden e Basileia para Palma de Maiorca, de Paderbon para Londres e Manchester, bem como vai reduzir as ligações de “numerosos aeroportos” para Málaga e Alicante, ou mesmo deixar de ter essa opção, como é o caso de Klagenfurt.
Em Erfurt, a Air Berlin “vai desistir completamente da sua presença”, acrescenta o comunicado, em que Hunold diz que a nova taxa aérea, que custou à companhia aproximadamente 74,4 milhões de euros, além do impacto que tem na rentabilidade das operações, também é causadora de “distorções flagrante”.
A sustentar esta crítica, Hunold diz que a Air Berlin pagou “quase quatro vezes mais” que o seu principal concorrente [Grupo Lufthansa], referindo que este, com 14,1 mil milhões de euros de proveitos [valor que diz respeito a receitas de todo o grupo e não apenas ao transporte de passageiros, que teve proveitos de 11,6 mil milhões, incluindo as subsidiárias na Suíça, Áustria e Reino Unido - clique para ler: Hedging sobe resultados operacionais e atira resultados líquidos para o "vermelho"], pagou a título da taxa aérea 162 milhões, enquanto o grupo pagou 74,4 milhões com receitas de 1,8 mil milhões.
Hunold diz que a opção pela redução da capacidade decorre de ser impossível repassar para os clientes o impacto da taxa aérea (oito euros nos voos de curta distância, 25 nos de média distância e 45 nos de longo curso) e do aumento dos combustíveis) e do aumento do combustível (mais 71 milhões de euros, para 277,2 milhões), a que se somou este ano uma perda que estima em 20 milhões de euros pela redução em 25% nos voos de e para o Norte de África no segundo trimestre, e admite que as medidas do “Shape & Size” poderão não ser suficientes para dar resultados operacionais positivos este ano ao Grupo Air Berlin, porque algumas das poupanças só serão efectivas em 2012.
Embora o comunicado da companhia dê ênfase à subida da receita média de passagens por passageiro no segundo trimestre, em 7,9%, para 107,68 euros, e que esse aumento foi superior ao do primeiro trimestre (+5,7% no conjunto do primeiro semestre, para 105,48 euros), o balanço mostra que a receita por RPK (passageiros x quilómetros percorridos, unidade mais utilizada na aviação) aumentou apenas 0,1% no segundo trimestre, para 8,18 cêntimos do euro, e no conjunto do primeiro semestre tem mesmo um decréscimo de 4,7%, para 7,87 cêntimos.
Ainda assim, pela subida da ocupação dos voos, a companhia indica que no segundo trimestre a receita total por ASK (lugares x quilómetros percorridos) aumentou 10,9% no segundo trimestre, para 6,73 cêntimos, e no conjunto do primeiro semestre sobe 7,5%, para 6,47 cêntimos.
De acordo com o balanço, o grupo Air Berlin teve 1.116,2 milhões de euros de receitas no segundo trimestre (+16,5% ajustando da integração da Niki a partir de Julho de 2010 e incluindo 44,5 milhões da taxa aérea), com 682,7 milhões em vendas de voos (+18,2%), 301,2 milhões em vendas de charters (+0,9%), 10,3 milhões em vendas a bordo (0,3%) e 77,7 milhões de serviços em terra (+8,1%).
A subida mais forte dos custos, designadamente dos combustíveis, levou a que, porém, tivesse um agravamento da perda operacional (EBIT - resultado antes de juros e impostos), de 27,8 milhões há um ano para 32,2 milhões este ano, embora a nível dos prejuízos líquidos, por razões fiscais, tenha uma redução de -57,2 milhões para -43,9 milhões.
No conjunto do primeiro semestre, os proveitos totais ascenderam a 1.897,8 milhões de euros, em alta de 12%, com 1.140,4 milhões em vendas de só voos (+11,1%), 517,1 milhões em vendas charter (-1%), 17,9 milhões e vendas a bordo (+3,5%), 148 milhões em serviços em terra (+15,4%) e 74,4 milhões da taxa aérea.
Do lado dos custos, as despesas operacionais antes de leasings e amortizações tiveram um aumento de 15,9%, para 1.785,6 milhões de euros, pelo que o EBITDAR teve um decréscimo de 31,3%, para 116,6 milhões, e depois de rendas de leasings (+18,4%, para 294,6 milhões) e amortizações, o EBIT foi negativo em 220,5 milhões (+64,2%), o resultado antes de impostos foi negativo em 253,1 milhões (+23,2%) e o resultado líquido foi negativo em 164,5 milhões (+3,1%), beneficiando de um ganho fiscal de 88,7 milhões, 92,8% superior ao do período homólogo de 2010.
As informações são"PressTur". Sempre é citado o link de referência. O conteúdo é de Responsabilidade:Alan Alves
A companhia já tinha anunciado o corte de mais de um milhão de lugares neste semestre (clique para ler: Air Berlin corta mais de um milhão de lugares para voltar a ser rentável) e hoje vai mais longe, especificando que além de cancelar rotas não rentáveis e reduzir frequências de voos, também vai fazer uma “retirada parcial de aeroportos regionais” e concentrar-se nos hubs de Berlim, Dusseldorf, Palma de Maiorca (através do qual serve Portugal) e Viena.
O comunicado da Air Berlin divulgado hoje especifica ainda que entre as rotas não rentáveis que vai cortar contam-se Frankfurt - Hamburgo, Frankfurt - Nápoles, Estugarda - São Petersburgo, Munique - Cairo e Dusseldorf - Paris.
Estas medidas e o programa “Shape & Size” são a resposta da Air Berlin a condições de mercado que descreve como anormalmente difíceis, pelo encarecimento do preço do combustível, pela redução do tráfego de e para destinos no Norte de África, designadamente o Egipto, para onde voava 80 vezes por semana, e, também, a introdução de uma taxa aérea na Alemanha, que é, aliás, o principal alvo das críticas do CEO da companhia, Joachim Hunold.
“Hunold citou os aeroportos regionais como vítimas da taxa aérea”, lê-se no comunicado da Air Berlin, no qual é indicado que a companhia vai deixar de operar as ligações de Münster-Osnabrück para Londres, Viena e Sylt, de Colónia - Bona para vários destinos em Marrocos e para Valência, de Colónia para Innsbruck, Nápoles e Palermo, a rota Hanover - Londres, os voos de Karlsruhe, Dresden e Basileia para Palma de Maiorca, de Paderbon para Londres e Manchester, bem como vai reduzir as ligações de “numerosos aeroportos” para Málaga e Alicante, ou mesmo deixar de ter essa opção, como é o caso de Klagenfurt.
Em Erfurt, a Air Berlin “vai desistir completamente da sua presença”, acrescenta o comunicado, em que Hunold diz que a nova taxa aérea, que custou à companhia aproximadamente 74,4 milhões de euros, além do impacto que tem na rentabilidade das operações, também é causadora de “distorções flagrante”.
A sustentar esta crítica, Hunold diz que a Air Berlin pagou “quase quatro vezes mais” que o seu principal concorrente [Grupo Lufthansa], referindo que este, com 14,1 mil milhões de euros de proveitos [valor que diz respeito a receitas de todo o grupo e não apenas ao transporte de passageiros, que teve proveitos de 11,6 mil milhões, incluindo as subsidiárias na Suíça, Áustria e Reino Unido - clique para ler: Hedging sobe resultados operacionais e atira resultados líquidos para o "vermelho"], pagou a título da taxa aérea 162 milhões, enquanto o grupo pagou 74,4 milhões com receitas de 1,8 mil milhões.
Hunold diz que a opção pela redução da capacidade decorre de ser impossível repassar para os clientes o impacto da taxa aérea (oito euros nos voos de curta distância, 25 nos de média distância e 45 nos de longo curso) e do aumento dos combustíveis) e do aumento do combustível (mais 71 milhões de euros, para 277,2 milhões), a que se somou este ano uma perda que estima em 20 milhões de euros pela redução em 25% nos voos de e para o Norte de África no segundo trimestre, e admite que as medidas do “Shape & Size” poderão não ser suficientes para dar resultados operacionais positivos este ano ao Grupo Air Berlin, porque algumas das poupanças só serão efectivas em 2012.
Embora o comunicado da companhia dê ênfase à subida da receita média de passagens por passageiro no segundo trimestre, em 7,9%, para 107,68 euros, e que esse aumento foi superior ao do primeiro trimestre (+5,7% no conjunto do primeiro semestre, para 105,48 euros), o balanço mostra que a receita por RPK (passageiros x quilómetros percorridos, unidade mais utilizada na aviação) aumentou apenas 0,1% no segundo trimestre, para 8,18 cêntimos do euro, e no conjunto do primeiro semestre tem mesmo um decréscimo de 4,7%, para 7,87 cêntimos.
Ainda assim, pela subida da ocupação dos voos, a companhia indica que no segundo trimestre a receita total por ASK (lugares x quilómetros percorridos) aumentou 10,9% no segundo trimestre, para 6,73 cêntimos, e no conjunto do primeiro semestre sobe 7,5%, para 6,47 cêntimos.
De acordo com o balanço, o grupo Air Berlin teve 1.116,2 milhões de euros de receitas no segundo trimestre (+16,5% ajustando da integração da Niki a partir de Julho de 2010 e incluindo 44,5 milhões da taxa aérea), com 682,7 milhões em vendas de voos (+18,2%), 301,2 milhões em vendas de charters (+0,9%), 10,3 milhões em vendas a bordo (0,3%) e 77,7 milhões de serviços em terra (+8,1%).
A subida mais forte dos custos, designadamente dos combustíveis, levou a que, porém, tivesse um agravamento da perda operacional (EBIT - resultado antes de juros e impostos), de 27,8 milhões há um ano para 32,2 milhões este ano, embora a nível dos prejuízos líquidos, por razões fiscais, tenha uma redução de -57,2 milhões para -43,9 milhões.
No conjunto do primeiro semestre, os proveitos totais ascenderam a 1.897,8 milhões de euros, em alta de 12%, com 1.140,4 milhões em vendas de só voos (+11,1%), 517,1 milhões em vendas charter (-1%), 17,9 milhões e vendas a bordo (+3,5%), 148 milhões em serviços em terra (+15,4%) e 74,4 milhões da taxa aérea.
Do lado dos custos, as despesas operacionais antes de leasings e amortizações tiveram um aumento de 15,9%, para 1.785,6 milhões de euros, pelo que o EBITDAR teve um decréscimo de 31,3%, para 116,6 milhões, e depois de rendas de leasings (+18,4%, para 294,6 milhões) e amortizações, o EBIT foi negativo em 220,5 milhões (+64,2%), o resultado antes de impostos foi negativo em 253,1 milhões (+23,2%) e o resultado líquido foi negativo em 164,5 milhões (+3,1%), beneficiando de um ganho fiscal de 88,7 milhões, 92,8% superior ao do período homólogo de 2010.
As informações são"PressTur". Sempre é citado o link de referência. O conteúdo é de Responsabilidade:Alan Alves