“Isso é uma molecagem, é uma falta de respeito que estão fazendo com a gente”, dizia indignado o nutricionista Márcio Nascimento, ao sair do guichê da empresa aérea Puma Air no Aeroporto de Belém. Ele devia embarcar para Fortaleza para fazer um curso e aproveitar as férias com a família, mas foi surpreendido com o voo remarcado para amanhã, dia 16.
O nutricionista diz ter comprado cinco passagens de ida e volta em sete de maio para viajar ontem, mas a empresa teria cancelado o voo sem informar a mudança. Márcio diz ter sabido por um amigo que o avião da Puma Air estava em manutenção.
Ele procurou a empresa na segunda-feira, foi informado que seria colocado num voo no dia 16, mas ontem, ao retornar em busca de esclarecimentos, não teve boas notícias. “Ainda não tem nada marcado. É um absurdo, eu me preparei desde maio com a minha família. Já paguei 15 dias de hotel, aluguel de carro, cinco dias de curso e não vou viajar”.
Outras pessoas relataram transtornos semelhantes. O funcionário público Haroldo Araújo estava com passagem comprada pela empresa para São Paulo, para as 9h10 de ontem, mas também soube do problema com a aeronave da Puma Air e, no aeroporto, descobriu que os voos de ontem e de hoje foram cancelados. De acordo com o advogado dele, Thiago Brito, uma supervisora da Puma Air chamada Áurea informou que as aeronaves estariam em manutenção e por isso os voos foram cancelados.
Brito conta que em nenhum momento a companhia se comprometeu a reembolsá-lo, ou realocá-lo em outro voo, como prevê a legislação da aviação civil. A supervisora teria alegado que as outras empresas estariam sem vagas nos voos com destino a São Paulo. “A Puma Air vendeu várias passagens, mas em nenhum momento informou que os voos haviam sido cancelados. Meu cliente foi prejudicado, pois estava com a viagem marcada, já havia feito reserva em hotel, e não conseguirá o valor pago de volta. A empresa informou que não iria devolver o valor pago pela passagem”, disse o advogado de Haroldo, que registrou o caso na delegacia do aeroporto e aguarda uma resposta da empresa.
Uma funcionária do aeroporto que pediu anonimato conta que todos os dias os clientes da Puma Air reclamam da empresa. Segundo ela, a aeronave está quebrada há três meses e mesmo assim continuam as vendas de passagens. “As pessoas só sabem na hora de viajar e ficam revoltadas”, comenta.
O DIÁRIO tentou contato com a Puma Air no aeroporto. A supervisora Áurea disse que apenas o gerente de marketing poderia dar informações, mas não foi conseguido contato.
Fonte/Via:Diário do Pará
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