A simulação de uma operação de sequestro de avião testou o aparato de segurança do Aeroporto Internacional de Corumbá na manhã desta segunda-feira, 11 de julho. O treinamento garantiu a preparação das forças policiais para o enfrentamento de uma situação semelhante, mas em proporções reais.
Sob o comando da Polícia Federal, todo o cerco policial foi montado para garantir o sucesso da operação. Força Nacional de Segurança Pública e Polícia Militar isolaram a área do aeroporto. O acesso era restrito às equipes de segurança pública.
Viaturas do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) e do 3º Grupamento dos Bombeiros ficaram à disposição para o atendimento a vítimas do sequestro. Uma sala de negociação foi montada na sede da administração da Infraero. De lá, militares da Marinha negociavam a libertação dos reféns com os sequestradores. Em outro ambiente - chamado de sala da decisão -, delegados da Polícia Federal; militares da Aeronáutica e a direção da Infraero decidiam os rumos da ação policial.
O cenário trabalhado por duas horas trazia dois sequestradores [com armas e bombas] que tomaram um avião com cinco pessoas. Eles exigiam 100 mil dólares (quase R$ 160 mil) e veículos para fuga. Depois de matarem dois reféns, os bandidos entregaram os outros três reféns; chegaram a fugir, mas foram capturados pela Polícia.
Mesmo num exercício de treinamento, a situação foi bastante tensa e até a entrevista do delegado-chefe da Polícia Federal deixava transparecer essa tensão, mesmo depois de encerrada a simulação.
"Foram duas pessoas que fugiram do presídio de Corumbá e sequestraram a aeronave exigindo dinheiro e dois veículos para fugir para a Bolívia. Até o final da negociação foram duas vítimas fatais", afirmou o delegado Alexandre do Nascimento que coordenou toda a ação.
Ele explicou que esse tipo de treinamento é previsto em lei e para aeroportos com o porte do que existe em Corumbá deve ser realizado a cada dois anos. Considerando todos os voos (regular, táxi aéreo e aviação executiva), o terminal aeroportuário corumbaense tem cerca de 20 mil usuários anuais, contabilizando embarques e desembarques.
"A simulação é muito importante para testarmos o pronto-atendimento. No caso de hoje, do início da crise, com o acionamento pela estação aeroportuária até a chegada da Polícia Federal foram cerca de dez minutos", enfatizou o delegado. Ele observou que numa situação real, o trabalho começa com as negociações e podem chegar ao estágio de atuação do grupo tático da Polícia com intervenção armada.
O delegado Alexandre complementou que a segurança aeroportuária, no que trata da aérea interna dos terminais, é de competência exclusiva da Polícia Federal. Encerrado o treinamento, militares simularam a detonação da bomba utilizada pelos sequestradores.
Fonte/Via:Midiamax
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