Seriam trajetos relativamente curtos, não fosse a dificuldade para conseguir um táxi na chegada ao aeroporto de Rio Preto.
O BOM DIA comprovou essa espera na quarta-feira, por volta das 17h, quando os pousos de três aeronaves em menos de 20 minutos deixou o saguão completamente tomado.
O aumento ao qual Taisa se refere é comprovado pelos números verificados pelo Daesp (Departamento Aeroviário do Estado de São Paulo).
Em 1999 - quando foi inaugurado o terminal - 171,5 mil passageiros embarcaram ou desembarcaram em Rio Preto. No ano passado, foram registrados 424,7 mil embarques e desembarques na cidade, um aumento de 147%.
Na data da inauguração, eram dez taxistas atendendo no ponto do aeroporto. Hoje, são 20.
A universitária Denise Floripe, 28, diz que em dezembro pediu para uma amiga buscá-la no aeroporto depois de 30 minutos à espera por um táxi. “Passei menos tempo no avião entre São Paulo e Rio Preto do que esperando o táxi”.A mãe de Denise, Evanilda, mora no Centro, a quatro quilômetros do aeroporto, e na quarta-feira viajou com a filha da capital para Rio Preto.
“Devia ter ligado de Congonhas em algum outro ponto de táxi e pedido para o motorista nos esperar na hora do desembarque”, lamentou Evanilda, depois de esperar 20 minutos.
Questionado sobre a possibilidade de aumentar a quantidade de táxi, o Daesp, responsável pelo aeroporto, informou que apesar de o ponto de táxi funcionar por meio de concessão estadual, as obras de infraestrutura no entorno do saguão são de “responsabilidade da Prefeitura”.
Vagas desrespeitam lei e provocam impasse
Pintadas pela Secretaria de Trânsito, as novas vagas ficam na faixa da esquerda na alça que dá acesso ao saguão do aeroporto.
“Onde os táxis ficam, é impossível evitar que os passageiros embarquem pelo lado da rua, o que é proibido pelo Código de Trânsito”, diz o taxista José Osmar Roveroni, 48, que há 12 anos trabalha no ponto do aeroporto.
Roveroni refere-se ao artigo 49, do capítulo 3 do Código Nacional de Trânsito, que determina: “O embarque e o desembarque devem ocorrer sempre do lado da calçada, exceto para o condutor”.
A movimentação de veículos é intensa na alça de acesso em horários de pico e os passageiros precisam atravessar a rua para embarcar. “É uma questão de tempo até acontecer um atropelamento”, diz o taxista José Carlos Carvalho, 56, um dos novos taxistas.
O secretário de Trânsito de Rio Preto, Aparecido Capello, disse que não há nenhuma previsão de mudança no local.
Os taxistas reivindicam, porém, que seja criada uma fila indiana na faixa da direita (em frente a saída do saguão) para facilitar o embarque dos passageiros. Outra opção, segundo eles, é aumentar a cobertura onde ficam os taxistas mais antigos.
No segundo caso, a entrada do estacionamento que fica à direita do saguão teria de ser reconstruída, dando saída para a avenida dos Estudantes.
“Em dias de chuva, por exemplo, os passageiros terão de atravessar a rua debaixo d’água”, diz Osmar.
O Daesp informou apenas que “o projeto e a implantação do ponto de táxi na alça de acesso ao aeroporto é da Secretaria de Trânsito da cidade, pois a via é publica e de responsabilidade da Prefeitura.”
Quando aumenta o fluxo de passageiros e as filas se formam, os novos taxistas ignoram as vagas pintadas recentemente pela prefeitura e se revezam com os demais profissionais, sob a cobertura onde ficam os 15 taxistas mais antigos.
Novo aeroporto?Depois de pagar R$ 147 mil por um estudo de viabilidade técnica, a Prefeitura de Rio Preto escolheu a área para a construção de um novo aeroporto. Já o Daesp (Departamento Aeroviário do Estado de São Paulo) informou que pretende reformar e ampliar o aeroporto Eribelto Manoel Reino. Para construir o novo terminal, a prefeitura vai precisar de aval do Daesp.
424.740 passageiros usaram o aeroporto de Rio Preto em 2010.
Fonte/Via:Rede bom dia
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