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Governo pede avaliação da TAP para lançar privatização

O Governo já lançou a primeira pedra do processo de privatização da TAP, pedindo a entidades independentes que avaliem o valor do grupo estatal e o modelo de venda. O PÚBLICO confirmou que o Citigroup foi escolhido para fazer esta análise, que, por lei, antecede a corrida à venda da transportadora aérea.

A notícia foi ontem avançada pela Antena 1 e confirmada ao PÚBLICO por fontes ligadas ao processo. Porém, não se sabe ainda qual a segunda entidade escolhida para avaliar a TAP, já que a Lei das Privatizações obriga à escolha de dois avaliadores. Questionados sobre o tema, tanto as Finanças, como a Parpública, onde a TAP está integrada, não responderam.

O Governo tem, aliás, preferido manter-se em silêncio sobre este plano, apesar dos sucessivos rumores de potenciais interessados. Ontem, o ministro das Obras Públicas, António Mendonça, confirmou à Lusa que o processo "está em curso", mas recusou fazer mais comentários. "Neste momento, não gostaria de avançar nada de novo", disse, sublinhando que o facto de o executivo estar demissionário obriga a "algum recato". Já Pedro Passos Coelho, presidente do PSD, afirmou à Reutersno sábado que a privatização da TAP é "inevitável".

Declarações políticas que surgem após várias notícias sobre potenciais interessados. Depois dos rumores sobre a possível entrada de companhias estrangeiras, como a Qatar Airways e a IAG (que surgiu da fusão entre a Iberia e British Airways), ontem foi a vez de o responsável do Centro Eco- nómico e Cultural de Taiwan em Portugal garantir que há empresas deste país asiático interessadas na transportadora nacional. A confirmação do arranque da privatização da TAP, que Fernando Pinto, presidente do grupo, tinha expectativa que avançasse no primeiro trimestre do ano, acontece precisamente na semana em que 12 sindicatos da aviação se juntam para decidir medidas de protesto contra a política de austeridade.

Hoje, as unidades sindicais vão reunir-se, pela segunda vez, e a ideia é acordar uma paralisação por semana, de forma rotativa em cada uma das empresas do sector, que também inclui a gestora aeroportuária ANA e a operadora de navegação aérea NAV.

Se o PSD e o PS parecem estar em sintonia quanto à TAP, o mesmo já não se passa com a Caixa Geral de Depósitos. Na entrevista à Reuters, Passos Coelho defendeu que o banco público deve dispersar parte do capital, através da emissão de novas acções, nomeadamente junto de pequenos aforradores (estratégia que na Galp teve poucos efeitos, já que muitos venderam passado pouco tempo).

Dentro desta ideia, ainda com mui tos dados por esclarecer, o Estado manteria a maioria do banco, mas sairia da área seguradora e da saúde. Um projecto que vai muito mais longe do que a venda de apenas parte do capital dos seguros, decidida pelo PS mas não concretizada.

No livro Voltar a Crescer, prefaciado por Passos Coelho, gestores e empresários ouvidos (como Faria de Oliveira, presidente da CGD, e Mira Amaral) defendem apenas "vender o negócio dos seguros". Passos Coelho quer ainda privatizar parte da Águas de Portugal, retomando uma ideia do Governo de Durão Barroso.


Via: Público.pt com Luís Villalobos
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