Um avião da Passaredo Linhas Aéreas fretado pela CVC, que vinha de Maceió com destino a Ribeirão Preto, derrapou durante a aterrissagem, ultrapassou os limites da pista e pousou no gramado do Aeroporto Leite Lopes, neste sábado (1), às 16h50.
Segundo a assessoria de imprensa da Passaredo, a aeronave ficou 15 metros distante da cabeceira da pista e a cerca de 200 metros da avenida Thomaz Alberto Whately.
A aeronave do voo 9802 teria enfrentado dificuldades porque chovia durante o pouso. Os 50 passageiros que estavam a bordo passam bem e a aeronave não apresenta nenhum dano.
Devido ao incidente, a administração do aeroporto teve de interditar a pista temporariamente até que a aeronave fosse retirada, mas a operação exigiu que se esvaziassem os tanques de combustível e que o solo fosse preparado para o avião ser puxado. Até as 20h30, a pista continuava fechada para decolagens e pousos.
A assistente social Tarsila Pires de Carvalho, 26 anos, estava na primeira fila da aeronave acidentada. Ela foi passear na capital de Alagoas com sua mãe e o filho de um ano e meio. "Eles falaram que iriam pousar o avião e a gente não percebeu o que estava acontecendo, mas de repente começou a fazer muito barulho, a aeronave começou a tremer muito e foi aquele desespero geral", contou.
Tarsila diz que, no desespero, acabou esquecendo a cadeira de bebê de seu filho ao descer do avião. "A gente viu que estava parado em cima da grama e minha mãe, que é deficiente, ficou mais desesperada ainda, porque falaram que ela teria que descer na lama."
Ela relata que bombeiros ajudaram sua mãe. "Ainda bem que a gente viu que estava todo mundo bem e tudo ficou mais tranquilo. Mas foi um susto", admitiu Tarsila.
Voos tiveram de ser cancelados, irritando pessoas
O acidente com o avião da Passaredo resultou no cancelamento de quatro voos neste sábado (1), três que sairiam de Ribeirão e outro de São Paulo para cá.
Fioravante Augusto da Silva afirma que esperou desde o meio-dia o seu embarque para São Paulo, mas por problemas de remanejamento de bagagem da TAM, seu voo atrasou e depois não pôde sair devido ao acidente. "Se o voo não tivesse atrasado, nós teríamos partido antes e não estaríamos aqui", reclamou.
Os passageiros que não tinham onde se hospedar foram deslocados para hotéis da cidade.
Até o fechamento desta edição, o Daesp (Departamento de Aviação Civil de São Paulo) ainda não sabia quando a pista seria liberada, o que poderia resultar em outros cancelamentos. O órgão afirma que a pista do aeroporto tem sistema de drenagem para evitar água acumulada.
A Passaredo disse que investiga com a CENIPA, órgão competente, as causas do acidente.
Via:Jornal A Cidade