Oneworld e Star Alliance minimizam efeito da fusão

Dois dos grupos de alianças de companhias aéreas que dominam a indústria global buscaram minimizar as especulações de que podem perder sua presença na América do Sul com a fusão entre a TAM e a LAN. A LAN integra a aliança Oneworld e a TAM faz parte da Star Alliance desde maio. Com receita combinada de US$ 8,5 bilhões, a nova companhia ficará entre as 15 maiores do mundo e com mais poder para ditar seu papel junto à Oneworld, Star Alliance ou à SkyTeam, que tem presença relativamente fraca na região.

América do Sul e América Central estão entre as regiões de crescimento mais rápido para o tráfego aéreo e, apesar de LAN e TAM continuarem a operar como marcas separadas, fusões do tipo têm levado as companhias aéreas a se reagruparem em torno de uma única aliança.

O grupo Oneworld, liderado pela American Airlines, British Airways e sua parceira de fusão, a espanhola Iberia, pode ter mais a perder. A América Latina foi uma região de relativa força para a Oneworld com a afiliação da LAN, mas foi afetada pelo recente pedido de falência da Mexicana, que havia entrado no grupo no final do ano passado.

A operação da Oneworld foi impulsionada nas últimas semanas, depois que assegurou a longamente esperada imunidade antitruste para serviços transatlânticos e aumentou sua presença na Europa com a afiliação (ainda pendente) da Air Berlin. Em comunicado, a aliança afirmou que aguarda construir ainda mais relacionamentos de sucesso com a LAN no futuro. A American Airlines, maior companhia aérea em rotas entre Estados Unidos e América do Sul, se recusou a especular sobre quaisquer movimentos futuros, mas afirmou que avaliou sua parceria com a LAN e que espera fortalecer os elos.

Na sexta-feira passada, LAN e TAM afirmaram que pretendem expandir os serviços do Brasil e do resto da região para Europa e Estados Unidos, o que espelha os esforços da British Airways e da Iberia por meio do hub da espanhola em Madri.

A Star Alliance foi mais cautelosa, mas afirmou que espera que a TAM continue a ser membro do grupo mesmo se a consolidação levar a "efeitos futuros" sobre afiliação a alianças. Comunicado da Star Alliance diz que tanto a TAM como a aliança continuam comprometidas com a entrega de benefícios na América Latina e na rede global. O grupo é liderado pela alemã Lufthansa e pela United Airlines.

A SkyTeam se recusou a comentar se vai procurar conquistar a companhia resultante da fusão como membro, apesar de executivos sênior da aliança terem dito que querem recrutar companhias na América do Sul. A Delta Air Lines, fundadora da SkyTeam, é a segunda maior companhia aérea norte-americana em rotas de e para a América do Sul. Os planos da SkyTeam para se expandir na região podem resultar em uma oferta ousada para levar a LAN e a TAM a trocarem sua afiliação. As informações são da Dow Jones.


Fonte:LIGIA SANCHEZ Agencia Estado