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Emoção marca despedida dos militares na Base Aérea de Brasília


Em cima de cada urna funerária coberta pela bandeira nacional, a foto do militar a quem o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, um a um, agradeceu como verdadeiros heróis que ajudaram a levar solidariedade e paz ao povo haitiano. A cerimônia póstuma aos 18 militares falecidos na Missão das Nações Unidas para a Estabilização no Haiti foi marcada pela emoção dos 59 familiares que chegaram à Base Aérea de Brasília nas três aeronaves da FAB (Força Aérea Brasileira) na tarde de ontem (21).

Os corpos dos militares do Exército foram velados no Hangar do Sexto Esquadrão de Transporte Aéreo. Houve uma missa de corpo presente rezada pelo arcebispo militar Dom Osvino José Both restrita apenas aos familiares.

Às 16 horas, com a chegada do presidente Lula e da primeira-dama, Marisa Letícia, iniciou-se a cerimônia de homenagens póstumas. Os militares mortos foram condecorados com a medalha do Pacificador com Palma e Promoção Post Mortem. Após o toque de silêncio entoado pela Banda do batalhão da Guarda Presidencial, o Comandante do Exército, General Enzo Peri, entregou medalhas aos familiares dos militares. Um dos momentos mais emocionantes da solenidade ocorreu quando o presidente Lula e esposa cumprimentaram os parentes das vítimas.

Apesar da dor da perda, para muitos familiares a lembrança que fica é a de que eles morreram por um ideal humanitário. "Meu irmão gostava do que fazia e tinha muito orgulho de vestir a farda. Gostava de ajudar ao próximo. Às vezes, ele enchia os bolsos do colete com chocolate para distribuir às crianças no Haiti. Era o último serviço dele depois de seis meses. No Haiti, nesse período, ele aprendeu a valorizar a vida. A imagem que nos resta dele é de alegria", afirma Jonatan Pedrotti, irmão do Cabo Douglas Pedrotti Neckel.

O capitão da reserva do Exército Alacir Jose Mário, pai do Tenente Bruno Ribeiro Mário, morto no Haiti, diz que o filho considerava a missão como uma grande oportunidade de crescimento pessoal. "Ele falava que era uma forma de amadurecimento à medida que estava contribuindo para ajudar um povo sofrido. Ele foi para o Haiti com muito gosto", ressalta.

De acordo com Alacir, a missão de Bruno terminaria no dia 16 de janeiro. Esse seria o último dia dele no Forte 22, unidade em que servia. Um dia antes do terremoto chegaram a conversar pela internet. "Ele me contou que estava tudo tranquilo e se considerava com a missão cumprida. Mas na madrugada do dia 13 recebemos a notícia da morte dele", explica. "Ele era um garoto exemplar, um filho amoroso. Todo mundo gostava dele", complementa o pai. (Com informações da assessoria da FAB)


FONTE:Folha da Região

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