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Dois morrem em queda de bimotor

Duas pessoas morreram na manhã de ontem, na queda de um avião de pequeno porte, numa fazenda em Iperó. Estavam a bordo o piloto José Andrei Ferreira dos Santos, de 32 anos, e Maria Leonor Salgueiro Galeazzi, 69, mãe do proprietário da aeronave e mulher do empresário Cláudio Galeazzi, ex-presidente e atual diretor do grupo Pão de Açúcar.

O bimotor da Embraer 810-C, modelo Sêneca 2, prefixo PR-UGO, havia decolado do aeroporto de Sorocaba, com destino a uma fazenda em Goiás. Por motivos ainda a serem apurados, o avião caiu sobre uma mata fechada. Familiares de Maria Leonor estiveram no local, pouco antes dos peritos do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa).

A ocorrência foi registrada por volta das 9h30, sendo o risco de explosão e possibilidade de encontrar vítimas ainda vivas as maiores preocupações das equipes do Corpo de Bombeiros, esclareceu o capitão Cleotheos Sabino, do comando de Tatuí. Após o isolamento da área e avaliação dos destroços do avião, o capitão Sabino lamentou não haver possibilidade de sobreviventes. Os corpos apresentavam muitas lesões, inclusive sinais de esmagamento do crânio e tórax, descreveu. Com a chegada da equipe do Cenipa, os corpos foram levados pelo serviço funerário de Iperó ao Instituto Médico Legal (IML) de Sorocaba.

O bimotor caiu numa área fechada de mata atlântica de aproximadamente 5 alqueires, dentro da Fazenda São José, localizada na Estrada do Cagerê, no bairro Bananal. As primeiras equipes a chegarem no local foram da Polícia Militar (PM) e da Defesa Civil de Iperó, além do CB de Sorocaba. “Isolamos a área por causa do risco de incêndio e demos apoio à PM e CB”, disse o coordenador de Defesa Civil, Emanuel de Souza. Peritos da Polícia Técnica Civil compareceram na cena do acidente, enquanto era aguardada a equipe especializada em acidentes aéreos.

Os peritos do Cenipa chegaram por volta das 14h, logo após a saída de familiares de Maria Leonor, vindos de São Paulo. O filho de Maria Leonor, o empresário Luiz Galeazzi, a filha e o genro chegaram por volta das 13h30, e permaneceram menos de meia hora no local do acidente. A filha, então, saiu amparada pelo pai e pelo esposo. A equipe do Cenipa chegou em seguida. Depois de cerca de duas horas saiu com várias peças, assim como o resto do combustível, documentos e fotos. O major Luiz Renato Horta de Castro explicou que nesse momento é prematuro avaliar a causa de acidente.

Ele adiantou que o prazo para as análises preliminares é de até um mês. Já a entrega do relatório da causa da queda pode ocorrer em até um ano, acrescentou. Quanto à retirada dos restos do avião compete ao seu proprietário, informou o major.

Hangar em Sorocaba

O proprietário do bimotor Sêneca 2, um empresário e fazendeiro que reside em São Paulo, é cliente de Alberto Schiffer há cerca de 3 anos. Schiffer é um dos donos de vários hangares no Aeroporto Estadual de Sorocaba “Bertram Luiz Leupolz”. Em cerca de 3 anos, teriam sido várias decolagens e pousos do Aeroporto Estadual de Sorocaba “Bertram Luiz Leupolz”, com o mesmo avião. Schiffer contou que, embora jovem, o piloto de Jundiaí era experiente e a aeronave estava em ótimo estado devido a preocupação com as revisões necessárias.

Schiffer comentou que o bimotor estava com o tanque cheio - 430 litros de combustível - e o piloto teria chegado bem antes de sua proprietária, como normalmente ocorre. Santos chegou por volta das 8h e Maria Leonor cerca de uma hora depois. O Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle do Tráfego Aéreo (Cindacta) havia constatado o desaparecimento do avião. O dono do hangar explicou que esse tipo de avião não tem caixa preta, diferente de jatos e taxiaéreos que é obrigatório, tem um equipamento chamado Emergency Locator Transmitters (ELT) que emite sinal via satélite para identificação do local do acidente.

“Pelote de lata”

Os frequentes voos, partindo do aeroporto de Sorocaba, sobre a fazenda não assustavam a família Domingues, pelo menos até a manhã de ontem. A família é caseira da propriedade há mais de trinta anos e levou um susto após a queda e morte de duas pessoas. Érica Regina Domingues, 31, estava a caminho da horta quando viu o avião sobrevoando a área. “Até embicou pra baixo, mas não imaginei que ia cair”. Ela disse ter entrado em casa, e no mesmo instante ouviu um barulho “não muito alto” na direção da mata fechada. “Parecia o barulho de um tambor caindo”, descreveu.

Sem saber o que fazer e sem acesso a área que é fechada por mata atlântica, ela disse ter ligado para os pais que estavam em George Oeterer. Antônio do Marmo Domingues, 59, e Ondina Maria de Jesus Domingues, 53, vieram logo que souberam do acidente. Munido de foice e acompanhado de policiais, Antônio entrou no local de acidente. “Abriu uma clareira e quebrou bastante árvore grossa”, revelou. Antônio ainda contou que os destroços “parecia um pelote de lata”. O fazendeiro Carlos Janovitch disse ser essa a primeira ocorrência fatal, mas recordou-se que já houve pousos forçados naquela região.



FONTE:Paulo Olim

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