Nosso Aeroporto

Já faz algum tempo que escrevi nesta coluna sobre a necessidade de aparelhar nosso aeroporto para que possamos receber aviões de grande porte e, inclusive, se pensar na implantação de uma nova linha que atenda a demanda de Dourados e de toda a região sul do Estado. Uma linha Dourados à São Paulo capital com escala em Maringá, Londrina – PR ou Presidente Prudente – SP, pois estando em São Paulo, vai-se a qualquer lugar do mundo.
Na época o aeroporto já vinha sofrendo reformas, contudo, concluída a execução dos serviços, faltaram, ainda, outras pequenas obras necessárias como a reforma do terminal de embarque e desembarque, o estacionamento para veículos e a aquisição de equipamentos necessários para a perfeita operação de vôos e do aeroporto propriamente dito.
No último dia 6, o governador André Pucinelli esteve em Dourados inaugurando obras e no final da tarde, esteve na Associação Comercial e Empresarial de Dourados – ACED, para apresentar o projeto de outra importante obra que é o da Perimetral Norte. Com isso podemos dizer que a Perimetral Norte saiu da retórica para o papel e com a previsão de início das obras para fevereiro de 2010.
Antes da apresentação do aludido projeto, o governador recebeu na sala de reuniões da ACED, o Conselho Pró-Dourados, que juntamente com o Exército, as duas Universidades (UEMS E UFGD) representadas pelos seus universitários, docentes e reitores, solicitaram ao governador, através de ofícios, a duplicação da Rodovia MS 162, também conhecida como Avenida Guaicurus. O Governador acompanhado do Secretário de Obras, Sr. Edson Giroto, se prontificou a fazer os estudos necessários e, na medida do possível, viabilizar recursos para a execução desta obra que também é um antigo sonho de todos os douradenses.
Outro importante pedido feito pelo Conselho Pró-Dourados foi referente as obras faltantes no aeroporto de Dourados. O Conselho ficou surpreso, pois o Estado já havia publicado a licitação para a execução das obras requeridas. Ficamos sabendo, pelo governador que o vice-governador Murilo Zauith vinha, em silêncio, trabalhando para a consecução desta essencial obra havia tempo.
Na semana passada, tivemos outro sobressalto com a Resolução ANAC n° 115, de 6 de outubro de 2009. A Agência Nacional de Aviação Civil – ANAC proíbe, a partir de 1° de janeiro de 2.010, aos operadores de serviços aéreos, novas freqüências de voos comerciais que tenham nível de proteção contra-incêndio incompatível com a operação da aeronave, segundo critérios da mesma agência. Trocando em miúdos, o aeroporto de Dourados que não conta com carro de combate a incêndio necessário para as operações que hoje vem sendo realizadas, ficaria sem seus voos diários a partir de janeiro.
Assim, no dia 10 de novembro, estivemos reunidos na ACED a pedido do vice-governador Murilo Zauith que nos informou que Dourados não ficaria sem o seu voo a partir de 1° de janeiro, porquanto a situação já estava resolvida junto ao Governo do Estado e que nosso Aeroporto poderia contar com o carro de combate a incêndio que atende a portaria da ANAC.
Outra novidade é que no próximo dia 19, estaremos recebendo a presidente da Fundação de Turismo do Estado, Sra. Nilde Brun e o Sr. Victor Rafael Rezende Celestino da Companhia Trip Linhas Aéreas para uma reunião com os representantes da Prefeitura Municipal e lideranças locais, quando serão tratadas as questões do aeroporto, dos voos e, possivelmente, os ilustres visitantes estarão conhecendo nosso aeródromo. Nesta mesma reunião a pretensão é, também, solicitar a viabilidade de a empresa colocar nova linha ligando Dourados à capital São Paulo.
A nossa pretensão era trazer para Dourados uma aeronave de grande porte, viabilizar uma nova linha que ligasse Dourados a um grande centro, porém, há uma série de requisitos que precisamos cumprir para alcançar nossos objetivos.
Segundo fomos informados, são aproximadamente 170 passageiros oriundos do sul de nosso Estado que tomam voo na cidade de Campo Grande. Por isso, continuamos entendendo que Dourados merece um Aeroporto muito bem preparado para recepcionar aviões de qualquer porte.
Uma nova linha com a finalidade de atender parte dessa demanda, com uma aeronave de setenta ou cem lugares será uma medida paliativa. O correto seria cumprir todos os requisitos exigidos pela ANAC para que o nosso aeroporto pudesse receber grandes aeronaves. Temos que buscar meios equipar e aparelhar nosso aeroporto, resolvendo a questão de uma vez por todas. Não adiante remediar. Quem está remediado, remediado fica.
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