A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) autorizou quase dois mil pedidos das companhias aéreas. No total, serão 80 mil voos novos ou com horários alterados, com o objetivo de baixar o preço das passagens e dar mais opções aos viajantes durante o período entre 6 de junho e 20 de julho, visando facilitar a vida dos torcedores na Copa do Mundo.
Para se ter uma ideia, no Rio de Janeiro serão 504 voos extras chegando ou partindo de Buenos Aires, na Argentina. Isso dá uma média de 11 voos a mais diariamente durante o período, com um aumento superior a 50% se compararmos com a realidade atual. Para abastecer as sedes da Copa do Mundo, os outros trechos que ganharam mais opções de horários foram: Brasília-Guarulhos (288), Rio de Janeiro-Campinas (284), Fortaleza-Guarulhos (205), Natal-Guarulhos (105) e Recife-Guarulhos (59).
Entretanto, a medida causou preocupação no Sindicato Nacional dos Aeroviários. De acordo com a diretora executiva Selma Balbino, o número de controladores de voos é insuficiente, o que pode causar problemas na segurança aérea do país na Copa.
- Para nós o caos está instalado. Hoje já há uma enorme falta de trabalhadores. O excesso de horas extras e as dobras nos mostram que não tem quantidade de trabalhadores suficientes como deveria. Pode haver algum tipo de problema na segurança de voo - explicou Selma.
Já na visão do especialista em logística Leonardo Lefkovitz, o perigo de congestionamento aéreo é pequeno, já que o Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea) deve se precaver sobre isso.
- O Decea é muito conservador neste ponto. Ele só vai diminuir o espaçamento em milhas náuticas entre uma aeronave e outra se houver segurança. E esse limite não vai ser diminuído se o chão não suportar esse aumento de capacidade, porque senão chega com aeronave em solo e não tem onde estacioná-la. Causa transtorno para os passageiros e desperdício de combustível - concluiu.
As informações são"G1".Sempre é citado o link de referência.
