A transportadora aérea Linhas Aéreas de Moçambique (LAM) carece de meios financeiros para iniciar as operações da LAM Internacional, uma empresa independente centrada na realização de voos intercontinentais, afirmou a administradora delegada Marlene Manave.
Dizendo que a empresa está à procura de parceiros, e que o relatório actualizado dos destinos preferenciais será divulgado ainda este mês, Marlene Manave salientou que a entrada em funcionamento da LAM Internacional envolve custos elevados, com um Embraer 190, por exemplo, a custar 150 milhões de dólares ou 100 mil dólares mensais se se optar pelo aluguer.
Por ocasião do anúncio da constituição da LAM Internacional, em 2010, foi referido que a empresa iria ligar por via aérea Moçambique e destinos como o Brasil, China e Emiratos Árabes Unidos, entre outros.
Citada pelo jornal moçambicano O País, a administradora delegada da LAM disse estar a empresa à procura de um parceiro que disponha dos fundos necessários para a aquisição dos aparelhos ou que entre na parceria com aviões “porque temos mercado e acreditamos que o desenvolvimento económico do país vai permitir essa operação”.
Apesar de ainda não ter sido identificado um parceiro, Marlene Manave, que falava no decurso do XXX Conselho Coordenador do Ministério dos Transportes e Comunicações, realizado em Chidenguele, província de Gaza, disse estar a LAM a actualizar o estudo de viabilidade económica efectuado em 2010, que “deverá ficar concluída no final deste mês ou princípios do próximo.”
Os destinos possíveis deverão ser Lisboa (Portugal), São Paulo ou Rio de Janeiro (Brasil), “atendendo a que são os mercados com maior potencialidade para o sucesso da operação”, disse Manave, para acrescentar que no se refere ao voo para a China, embora exista interesse em fazê-lo, “não sabemos se essa rota será ou não viável”.
Entretanto, a companhia aérea de bandeira de Moçambique espera receber este mês um Boeing 737-500 e, em finais de Outubro ou princípios de Novembro, o terceiro Embraer 190.
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