Em agosto, a Força Aérea da Rússia comemora seu 100º aniversário, ao qual foi dedicada uma mesa redonda na Voz da Rússia. Seus participantes, especialistas na área de aeronaves militares e civis, chegou à conclusão de que a aviação russa irá mudar significativamente.
O discurso de Konstantin Makienko, diretor-adjunto do Centro de análise das estratégias e tecnologias, foi dedicado às perspectivas para a indústria aeronáutica russa.
O desenvolvimento da aviação civil deverá ser efetuado com base em dois projetos: o avião regional SSJ-100 e o avião de alcance médio MS-21. Ambos os projetos são parecidos em seu amplo uso de componentes estrangeiros, incluindo motores, o que aumenta as chances dos dois programas serem realizados.
Comentando o recente desastre de um SSJ-100, Konstantin Makiyenko notou que ele não pode ter um impacto negativo no desenvolvimento do projeto. Como prova, podemos recordar exemplos das aeronaves A-320 e A-330 que também tiveram desastres no início de suas carreiras (A-330 em 1994 e A-320 em 1988).
Os peritos deram especial atenção à aviação naval. O foco foi a questão de uma máquina perspectiva de patrulha que irá substituir o IL-38, que se está tornando obsoleto, e o Tu-142, que é demasiado caro para usar. O perito militar independente Prokhor Tebin comentou sobre este assunto.
Falando de tendências globais da aviação naval estrangeira, Tebin notou a persistência de aviões de quarta geração como força de ataque principal (caças F/A-18E/F). Foi também marcada a crescente popularidade global de aeronaves de inteligência e patrulhamento baseadas em aviões civis. Países costeiros e marinhos usam cada vez mais essas máquinas para patrulhar sua costa, águas territoriais e zona econômica exclusiva.
Os participantes da mesa redonda concordaram que a opção mais viável no contexto da Rússia é a construção de uma aeronave de patrulha multiúsos na plataforma de Tu-204/214 – um aparelho já conhecido da indústria, relativamente barato e com boas características de voo.
Uma das importantes vantagens do Tu-204/214 é a sua independência de peças estrangeiras. Isso, talvez, não seja muito bom em termos de suas perspectivas como uma máquina comercial, mas é bastante bom para ser um avião militar que, por definição, é produzido em série limitada e não requer fornecimentos de grande escala capazes de causar dificuldades para os fabricantes de equipamento.
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