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Infraero registra reclamações sobre feixes de luz que ofuscam a visão dos pilotos


O laser de cor verde, já conhecido por ser usado para atrapalhar jogadores de futebol nos estádios, está trazendo transtorno e perigo aos aviões que pousam e decolam no Aeroporto Internacional de Campo Grande. A Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) registrou este ano quatro reclamações de comandantes de aeronaves que foram “atingidos” pelos feixes de luz, que pode ofuscar a visão dos pilotos e levar a acidentes aéreos.
De acordo com o superintendente da Infraero de Mato Grosso do Sul, Evandro Leite, os registros serão encaminhados à Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) para que providências sejam tomadas. Ele acredita que os autores dos “ataques” às aeronaves sejam os jovens que durante à noite reunem-se no mirante construído pela Prefeitura de Campo Grande em frente ao aeroporto. “É uma brincadeira inconsequente. Às vezes a pessoa acha que não vai causar problemas, mas é um perigo”.
Os raios emitidos nas canetas laser podem atingir de 300 metros a um quilômetro de distância, de acordo com os fabricantes. Dependendo da potência e da maneira que atingem os olhos de alguém podem cegar, conforme alertam oftalmologistas.
Segundo o superintendente da Infraero, nenhum piloto que relatou ter sido atingido pelos feixes de luz verde na Capital disse ter percebido problemas na visão. “Pela distância da pista para a parte de fora do aeroporto, não acredito que esse raio laser chegue a cegar alguém. Mas, o primeiro problema é que a luz tira a atenção do comandante e num segundo momento, dependendo da maneira como ela atinge o parabrisa da aeronave, ela reflete de maneira que pode comprometer a visibilidade do piloto”.
Cegueira
Conforme matéria publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo, o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), este ano fora notificados 106 incidentes com ponteiras laser apontadas contra aviões. No ano passado, foram 60. O Cenipa informa que o risco de um acidente é baixo, mas por menor que seja, a possibilidade precisa ser considerada. “Se o laser atingir os olhos do piloto, ele pode causar danos a sua retina, mas a probabilidade é muito pequena disso acontecer”, explica o chefe do centro, brigadeiro Pompeu Brasil, à reportagem do Estadão.
Também em entrevista ao jornal de São Paulo, o comandante Carlos Camacho, do Sidicato Nacional dos Aeronautas, disse que o piloto pode sim perder a visão temporariamente. “E é justamente no momento mais crítico: o pouso. Situação muito complicada”.
De acordo com especialistas, o problema é que as canetas laser fabricadas atualmente são muito mais potentes que as vendidas há dez anos. Há uma década, a intensidade do feixe de luz - normalmente de cor vermelha - não ultrapassava 5 megawatts e, por isso, apresentava poucos riscos. Hoje, existem dispositivos, principalmente de luz verde, que chegam facilmente aos 300 megawatts.
Venda
No Camelódromo de Campo Grande, as ponteiras são facilmente encontrada e custam de R$ 60 a R$ 100. “Não é uma coisa barata, me admira alguém comprar para ficar brincando com avião. Quem vem aqui diz que é para dar aula, fazer palestras, essas coisas”, afirma um vendedor do centro comercial popular, que pediu para ter a identidade preservada.
Outra comerciante explica que a caneta foi inventada para uso de astrônomos, que por conta do alcance dela utilizam para observar o céu. “É o que diz o fabricante. Mas ela tem umas pontas que fazem desenhos, tem gente que compra para fazer decoração em festa, para dar aula e até para brincar”.
Bagunça
Além dos “ataques” a laser contra as aeronaves, a Infraero já registrou ocorrências de viaturas da segurança do aeroporto que foram atingidas por garrafas de vidro. “As pessoas consomem bebidas alcoólicas e acabam se excedendo. Já aconteceu de jogarem garrafas nos nossos carros que fazem ronda pela beirada da cerca da pista. Quanto a isso, também vamos pedir providências”.  
Leia mais no jornal Correio do Estado.


As informações são"Correio do Estado".Sempre é citado o link de referência. O conteúdo é de Responsabilidade:Camila Souza de Santos 

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