A companhia aérea Webjet abriu hoje um posto de vendas na Central do Brasil, maior estação ferroviária do Rio de Janeiro. A intenção da companhia é aumentar as vendas de passagens aéreas entre as classes populares, que ainda não têm o avião como primeira opção na hora de viajar. Apesar do movimento reduzido de hoje na Central devido ao feriado dos comerciários, o posto de atendimento recebeu 200 consultas só no período da manhã. A maioria chegou ao balcão instalado na entrada de uma lanchonete atraída pelos panfletos distribuídos na estação com promoções especiais para a inauguração. Entre as passagens mais vendidas está a do trecho Rio-Belo Horizonte (ida e volta) por R$ 60,99.
Os bilhetes emitidos na Central podem ser parcelados em até seis vezes no cartão de crédito e já garantem um desconto de pelo menos R$ 30 da taxa de conveniência, que não é cobrada no posto. Daniel Brunod, gerente de novos negócios da Webjet, explicou que o posto da Central pode ser considerado um piloto para a empresa, que já tinha planos de abrir lojas em pontos de grande movimentação popular ainda antes do anúncio da compra da companhia pela Gol, em julho.
Como o negócio depende ainda de aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), a Webjet deu seguimento ao projeto, mesmo com a incerteza em torno da manutenção da marca após a fusão.
"Hoje, independentemente da compra pela Gol, as duas empresas têm administrações distintas e os planos estratégicos continuam sendo postos em prática separadamente", disse Brunod, acrescentando que o posto não vende passagens da Gol. Segundo o gerente, dependendo da temporada, as tarifas da Webjet podem ser de 20% a 30% mais baratas do que as de outras companhias, se compradas com até 14 dias de antecedência. Para ele, as classes populares ainda são um nicho de muitas possibilidades para as companhias aéreas. "Somos geralmente a empresa escolhida por quem viaja pela primeira vez de avião", disse Brunod. "Em muitos casos a vantagem sobre os ônibus não é só de conforto. Temos tarifas para Salvador, por exemplo, que podem ser 40% mais baratas do que a passagem de ônibus."
As informações são"veja.com por Alexandre Rodrigues".Sempre é citado o link de referência. O conteúdo é de Responsabilidade:Camila Santos
