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Leilão de “sucatões” cobrirá menos de 1% da dívida da Vasp

A venda das aeronaves da Vasp que estão abandonadas nos aeroportos brasileiros terá um impacto pequeno no bolso dos credores. Sem condições de voar e em péssimo estado de conservação, os 27 aviões da empresa viraram sucata e valem hoje entre R$ 30 mil e R$ 50 mil, segundo laudo do avaliador judicial.


 Assim, na melhor das hipóteses, o leilão de todos os equipamentos renderá R$ 1,35 milhão.O valor é pequeno se comparado à dívida da companhia aérea falida. Na época da falência, em 2008, o passivo foi estimado em R$ 3,5 bilhões. Até hoje, a questão está na Justiça e ninguém recebeu um tostão.
Cerca de 8.000 ex-funcionários entraram na Justiça para tentar receber sua parte de uma dívida trabalhista estimada em R$ 1,5 bilhão, de acordo com Vera Salgado, presidente da Associação dos Ex-empregados da Vasp.
As aeronaves da Vasp estão paradas em dez aeroportos brasileiros desde 2005, quando a companhia interrompeu os voos. Uma perícia feita em 2006 pelo escritório Jharbas Barsanti avaliava os aviões da empresa em R$ 16,8 milhões. De lá para cá, uma batalha na Justiça impediu que os equipamentos fossem vendidos. A falência da companhia foi decretada em setembro de 2008.
Falta de espaço nos aeroportos
A realização da Copa e da Olimpíada no Brasil deu à reforma dos aeroportos um caráter de urgência no Brasil. E a remoção dos chamados aviões-sucatas se tornou um pré-requisito para a realização das obras e o melhor aproveitamento da infraestrutura aeroportuária.
Hoje, existem 118 aeronaves paradas – de empresas falidas, particulares e até um modelo da Funai, de acordo com um levantamento do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
Em fevereiro deste ano, o CNJ lançou o programa Espaço Livre, que visa viabilizar a retirada das aeronaves paradas dos aeroportos brasileiros. A primeira remoção será na próxima terça-feira, no aeroporto de Congonhas. Há nove aeronaves da Vasp no local, mas só há autorização judicial para remover parte da frota. O número exato ainda não foi confirmado.
“A ação é benvinda, mas chegou tarde”, diz a ex-funcionária Vera Salgado. Para ela, se a iniciativa tivesse ocorrido anos antes, os credores poderiam conseguir valores maiores com o leilão. “Essas aeronaves estavam em operação quando a Vasp parou de voar. Agora, foram depenadas e só restou a sucata”, diz.
Além das aeronaves, os credores tentam confiscar outros bens do empresário Wagner Canhedo, dono da Vasp. A fazenda Piratininga, em Goiás, foi vendida por R$ 310 milhões em dezembro do ano passado, mas o empresário tenta recuperar o bem. A questão ainda está na Justiça.

Veja o número de aeronaves paradas por aeroporto 
AeroportoQuantidade
Manaus19
Porto Alegre11
São Paulo (Congonhas)10
Rio de Janeiro (Santos Dumont)10
Rio de Janeiro (Galeão)10
Brasília10
São Paulo (Guarulhos)8
Boa Vista8
Campinas (Viracopos)7
Salvador4
Fortaleza3
São Luís2
Recife2
Belém (Internacional)1
Belém (Julio Cesar)1
Belo Horizonte (Pampulha)1
Belo Horizonte (Confins)1
Campo Grande1
Cuiabá1
Curitiba1
Foz do Iguaçu1
Goiânia1
Santarém1
São José dos Campos1
São Paulo (Campo de Marte)1
Tefé1
Uberlândia1
Total118



As informações são"Economia - iG". Sempre é citado o link de referência. O conteúdo é de Responsabilidade:Samuel Pereira

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