A Organização Mundial do Comércio anulou parte da decisão sobre a acusação de Washington contra a União Europeia pelos subsídios em favor da gigante aeronáutica Airbus.
Em termos gerais, a OMC reverteu a conclusão de que o financiamento concedido por Alemanha, Espanha e Reino Unido para o desenvolvimento do A380 que "estava condicionado aos resultados da exportação", caracterizando, portanto, um subsídio às exportações, o que é proibido.
"Como consequência, a OMC reverteu a recomendação para que a União Europeia retirasse os subsídios por 90 dias", indicou a organização em seu site.
O comissário de comércio da UE, Karel De Gucht, saudou a medida, afirmando que estava "particularmente satisfeito com este importante resultado."
"A principal queixa dos Estados Unidos de que a Airbus tinha recebido subsídios à exportação proibidos foi indeferida em sua totalidade," disse De Gucht.
A Airbus também clamou vitória, com o presidente da Airbus, Tom Enders, afirmando: "Esta é uma grade vitória para a Europa."
No entanto, Washington e a Boeing minimizaram o resultado.
A Boeing descreveu a decisão do recurso como uma "clara vitória final para o comércio justo."
O representante comercial dos Estados Unidos, Ron Kirk, também indicou que "o órgão de apelação da OMC confirmou sem dúvidas que a Airbus recebeu subsídios em massa por mais de 40 anos e que esses subsídios têm prejudicado muito os Estados Unidos, inclusive causando queda nas vendas das ações da Boeing em todo o mundo."
O governo americano afirmou que a manutenção dos subsídios da UE para a Airbus prejudica severamente as vendas dos aviões da Boeing e a economia dos Estados Unidos.
"Esta decisão confirma o que nós estamos dizendo há muito tempo, que nenhuma das iniciativas de ajuda à Airbus está de acordo com as obrigações europeias na OMC", disse Kirk.
"Enquanto é revisto o resultado favorável aos americanos no valor entre 18 e 20 bilhões de dólares, a mensagem da OMC é clara - subsídio é ilegal e a União Europeia e os estados membros devem ser impedidos de receber novas ajudas financeiras".
Fonte/Via:APF
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