A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) emitiu 3 autos de infração aos pilotos norte-americanos Joseph Lepore e Jan Paul Paladino e a empresa ExcelAire, responsáveis pela queda do Boeing 1907 da Gol que ocorreu em setembro de 2006 e fez 154 vítimas. Esta é a primeira punição aos acusados e demonstra que a Agência reconhece a falha dos 2 pilotos e da empresa dona do jato que eles pilotavam.
Dois autos de infração são destinados a Joseph Lepore e tripulação, e outro para a empresa ExcelAire. As punições ocorreram em virtude de a tripulação ter preenchido o plano de voo com dados inexatos, pois Lepore colocou no planejamento que possuía autorização para voar em RVSM (Reduced Vertical Separation Minimum), que significa espaço aéreo vertical reduzido. Após o acidente, investigações comprovaram que ele não tinha a carta de autorização para navegar com separação reduzida às demais aeronaves, chamada de LOA (Letter of Authorization). A autuação à empresa ExcelAire relata que ela permitiu a operação de voo dos pilotos sem ter a carta de autorização.
David da Costa Faria Neto, superintendente de segurança da Anac, explica que cada autuação gera um processo administrativo, que é encaminhado aos infratores, sendo que eles têm um prazo de 20 dias para se manifestar. Além disso, serão encaminhadas notificações à FAA (Federal Aviation Administration; órgão similar à ANAC nos Estados Unidos) e ao Departamento de Controle do Espaço Aéreo para que eles tomem as providências cabíveis.
Segundo o Acordo de Cooperação Jurídica 3.810 de 2001, as decisões do poder judiciário brasileiro devem ser seguidas e respeitadas pelo poder judiciário norte-americano. Para Rosane Gutjahr, diretora da Associação de Familiares e Amigos das Vítimas do Voo 1907, este reconhecimento da Anac deverá finalmente fazer com que os pilotos tenham seus brevês cassados, a garantia de que serão efetivamente presos quando a sentença do processo criminal for dada e um início de Justiça. "Até hoje os 2 pilotos trabalham normalmente, um na própria ExcelAire e outro na American Airlines. O reconhecimento das falhas por parte da Anac é de suma importância para nós. Não teremos nossos familiares de volta mas, com decisões como esta, sentimos aos poucos termos parte de nossa dignidade retomada", diz
.
Fonte/Via: Gazeta Digital
Este conteúdo divulgado neste Blog, Sempre é citado como fonte e o link de referência. O conteúdo divulgado e de Responsabilidade de:Douglas Pereira
Dois autos de infração são destinados a Joseph Lepore e tripulação, e outro para a empresa ExcelAire. As punições ocorreram em virtude de a tripulação ter preenchido o plano de voo com dados inexatos, pois Lepore colocou no planejamento que possuía autorização para voar em RVSM (Reduced Vertical Separation Minimum), que significa espaço aéreo vertical reduzido. Após o acidente, investigações comprovaram que ele não tinha a carta de autorização para navegar com separação reduzida às demais aeronaves, chamada de LOA (Letter of Authorization). A autuação à empresa ExcelAire relata que ela permitiu a operação de voo dos pilotos sem ter a carta de autorização.
David da Costa Faria Neto, superintendente de segurança da Anac, explica que cada autuação gera um processo administrativo, que é encaminhado aos infratores, sendo que eles têm um prazo de 20 dias para se manifestar. Além disso, serão encaminhadas notificações à FAA (Federal Aviation Administration; órgão similar à ANAC nos Estados Unidos) e ao Departamento de Controle do Espaço Aéreo para que eles tomem as providências cabíveis.
Segundo o Acordo de Cooperação Jurídica 3.810 de 2001, as decisões do poder judiciário brasileiro devem ser seguidas e respeitadas pelo poder judiciário norte-americano. Para Rosane Gutjahr, diretora da Associação de Familiares e Amigos das Vítimas do Voo 1907, este reconhecimento da Anac deverá finalmente fazer com que os pilotos tenham seus brevês cassados, a garantia de que serão efetivamente presos quando a sentença do processo criminal for dada e um início de Justiça. "Até hoje os 2 pilotos trabalham normalmente, um na própria ExcelAire e outro na American Airlines. O reconhecimento das falhas por parte da Anac é de suma importância para nós. Não teremos nossos familiares de volta mas, com decisões como esta, sentimos aos poucos termos parte de nossa dignidade retomada", diz
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