O helicóptero que caiu na noite da última quarta-feira (15), na fazenda Santa Bárbara, teria colidido com uma árvore castanheira, segundo informações extra-oficiais. Os três passageiros da aeronave e o piloto morreram na queda. Entre as vítimas, estava o proprietário da aeronave, o pecuarista Gilson Roberto Dantas.
Pessoas que estariam próximas ao local de decolagem do helicóptero disseram ter acontecido uma discussão entre o Gilson e o piloto da aeronave, Gerson Nichi. O piloto não aconselhava a decolagem naquele horário, final da tarde, mas o empresário teria insistido e o helicóptero partiu e, no caminho, teria batido em uma árvore castanheira centenária, o que supostamente provocou a queda. Contudo, a Aeronáutica e a Força Aérea Brasileira (FAB) ainda não confirmam essa versão.
Acredita-se que o acidente tenha ocorrido por falta de visibilidade no local, pois o aparelho não foi projetado para voar ánoite. O helicóptero que se envolveu no acidente é um modelo americano Robinson 44, com capacidade para três passageiros, mais o piloto, com autonomia de voo de 3 horas e meia e velocidade de 180 km/h.
Até agora, não se sabe as causas reais do acidente, se o aparelho sofreu uma pane ou se uma situação meteorológica como fumaça e chuva podem ter atrapalhado o piloto. Somente os resultados das investigações que estão sendo feitas pela FAB vão dizer o que de fato aconteceu para o helicóptero cair. A rota de voo do aparelho também foi não confirmada pela Aeronáutica, mas acredita-se que o helicóptero não ia para um aeroporto e, sim, de uma fazenda para outra.
O ACIDENTE
O helicóptero de prefixo DAN, do pecuarista Gilson Roberto Dantas, residente em Xinguara, caiu entre as 18h e 19h desta quarta-feira (15), na fazenda Santa Bárbara, cerca de 90 km da sede do município de São Félix do Xingu. Os destroços só foram localizados no final da manhã da quinta-feira (16), por outro helicóptero que fazia buscas na região. Uma equipe, por terra, foi até o local, enquanto um outro helicóptero da fazenda Santa Bárbara dava suporte aéreo. Após a confirmação do acidente, o Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aéreos (Seripa), da Aeronáutica, foi acionado e uma equipe de três técnicos coordenada pelo suboficial Dirceu foi enviada ao local para fazer o resgate dos corpos e tentar achar a caixa preta da aeronave.
SOBRE AS VÍTIMAS
Gilson Dantas era um bem-sucedido pecuarista, dono de diversas fazendas de gado, e um dos maiores negociadores de gado do sul do Pará, com destaque para compra e venda de bovinos para frigoríficos e fazendas. Gilson havia adquirido a aeronave há um ano, com o objetivo de utilizá-la em viagens pelas cidades e fazendas da região, uma forma que ele encontrou de dar mais agilidade e facilidade nos negócios com gado que empreendia diariamente na cidade, onde tinha um escritório de agronegócio e um tatersal de leilão.
Outro negócio relativo à pecuária que Gilson dominava bem, era a compra e venda de imóveis rurais para empresários de fora, com interesse em propriedades rurais na região, um negócio lucrativo que ele fazia com muita disposição.
“Nos dias atuais precisamos ter agilidade em tudo que fazemos, principalmente quando o assunto é negócio de gado, que requer velocidade e agilidade na hora de se fechar um negócio, pois trabalhamos com pessoas exigentes, como donos de frigoríficos e fazendeiros, portanto, o helicóptero estar sendo útil para ampliação dos meus negócios”, justificou certa vez Gilson para a reportagem durante um evento em Xinguara.
O comandante da aeronave era o experiente piloto Gerson Nichi, formando pela Escola Master de Pilotos de São Paulo.
As outras vítimas ainda estão sendo identificadas. Um deles seria “Cidão”, funcionário que auxiliava o empresário em leilões pecuaristas, cujo corpo está sendo encaminhado para Minas Gerais, seu local de origem. E o outro seria o também funcionário de Gilson, o vaqueiro João Batista, oriundo do município de Redenção, no Pará. (Diário Online, com informações do Diário do Pará)
Fonte:Diário do Pará
