Azul diz que gargalos limitam as operações da empresa no aeroporto de Brasília

A companhia aérea Azul anunciou nesta quarta-feira que a ampliação das operações da companhia a partir de Brasília vai depender do aumento da capacidade do aeroporto da cidade. Segundo o presidente da empresa, Pedro Janot, há gargalos no pátio de aeronaves e no terminal de passageiros, impedindo uma oferta maior de voos.

A Azul está no mercado há um ano e sete meses e começou a operar em Brasília esta semana, com três voos diários para Campinas, no valor de R$ 129,00 se a passagem for adquirida com antecedência.

Para atender a capital federal, a companhia negociou com a Infraero adaptações no terminal 2, utilizado atualmente na aviação regional. A estatal se comprometeu a investir R$ 1 milhão para que o local possa receber um milhão de passageiros por ano. Atualmente o movimento mensal é de 1.350 usuários de empresas menores e ganhará de imediato mais 15.000 com as operações da Azul.

Segundo Janot, o foco da empresa é a nova classe C, "pessoas que acabaram de comprar seu primeiro computador" e que ainda viajam de ônibus. Para isso, a empresa está negociando parcerias com redes de varejo, a fim de vender passagens em supermercados.

Com a nova rota, ligando Brasília e Campinas, a Azul passará a oferecer também conexões para outras cidades, como Belo Horizonte (Confins) e Rio (Santos Dumont), fazendo escalas na cidade paulista. No início das operações, o preço é promocional: de R$ 89,00 (Confins) e R$ 139,00 (Rio). Atualmente, a frota da companhia é composta por 18 jatos Embraer 190 e 195, com capacidade para 108 e 118 passageiros.

Junot reforçou a intenção da empresa de não só ampliar a malha, com a chegada de oito novos jatos da Embraer até o fim deste ano, mas de disputar também o transporte aéreo regional. Para isso, a Azul vai receber em 2011 20 aviões menores (os ATRs), utilizados em rotas de curta distância. A proposta é começar a operar trechos de até 600 quilômetros de distância das capitais.

O presidente da companhia mencionou que o movimento em Campinas quadruplicou, saindo de 1 milhão de passageiros em 2008 para 3,6 milhões em 2009, puxado pela Azul, que trocou a instalação da sede operacional do Rio por São Paulo, devido a desentendimentos com o governo do Estado.

Fonte: O Globo por Geralda Doca
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