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Acordo entre TAP e sindicato para garantir serviço

A TAP e o sindicato que representa os tripulantes de cabina da companhia aérea portuguesa já encontraram uma solução para a falta de pessoal que tem levado alguns voos a serem realizados sem serviço aos passageiros, tal como o Diário Económico avançou ontem.

A saída para esta crise temporária consta de um protocolo assinado entre o Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC) e a TAP, mas que só se tornará efectiva se o documento for aprovado na assembleia geral extraordinária do sindicato convocada para a próxima segunda-feira, dia 16.

A TAP diz que "não tem disponível, de momento, o número de voos que possam ter sido afectados", mas está desde a última segunda-feira a entregar refeições ligeiras para colmatar a falta de serviço aos passageiros nos voos que se realizem com tripulações incompletas.

Com o protocolo agora assinado, a ideia é, conta Cristina Vigon, presidente do SNPVAC, ao Diário Económico, que seja garantido um serviço mínimo aos passageiros mesmo com as designadas tripulações de segurança. E mesmo que o protocolo seja aprovado, caberá às tripulações, na hora de realizar o voo, a decisão de prestar ou não serviço aos passageiros. Uma solução que só irá vigorar até ao final do chamado Verão IATA, ou seja, até 31 de Outubro.

Tripulações mínimas

"Temos tripulações tipo, em que é assegurado o serviço aos passageiros, e tripulações de segurança, mas mesmo com estas é possível prestar algum serviço, o que também irá depender do tamanho do voo", explica Cristina Vigon. Pelo acordo de empresa assinado entre a TAP e o SNPVAC, o número de tripulantes de cabina depende do tipo de avião usado - um A319, que transporta 132 pessoas, precisará de quatro assistentes de bordo para garantir o serviço aos passageiros, enquanto que um A321, onde podem viajar até 194 pessoas, necessita de uma equipa de seis elementos, por exemplo - e basta que falte um elemento para que o chefe de cabina decida não prestar serviço aos passageiros, o que significa não servir refeições ou prestar vendas a bordo.

Ao facto de Julho e Agosto serem meses de maior procura (a TAP atingiu a 31 de Julho o recorde de passageiros transportados num único dia, com 36.738 pessoas), junta-se o reforço de ligações para destinos como Moscovo e São Paulo ou a criação de novas rotas como Marraquexe ou Argel, e a falta de pessoal.

Segundo fonte contactada pelo Diário Económico, a TAP deveria ter procedido em Abril à formação de novos chefes de cabina, precisamente para colmatar esta situação, mas só agora avançou com a formação de 14 tripulantes que não podem, por isso, ser incluídos na operação.

Fonte:DiarioEconomico.com por Hermínia Saraiva

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