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TAP e SATA impõem regras apertadas nos voos para EUA

As companhias aéreas portuguesas TAP e a SATA já estão a adoptar medidas de segurança mais apertadas para os passageiros dos voos com destino aos Estados Unidos. No que respeita aos aeroportos do País, o Instituto Nacional de Aviação Civil (INAC) aguarda pelas deliberações da União Europeia, nomeadamente no que se refere à eventual instalação de novos equipamentos tecnológicos, como os polémicos scanners de corpo inteiro para a revista aos passageiros.

O reforço da segurança nos voos transatlânticos resulta da tentativa de atentado terrorista no dia de Natal, pouco antes da aterragem em Detroit (EUA) do voo 253 da Northwest-Delta Airlines proveniente de Amesterdão (Holanda), quando o nigeriano Umar Farouk Abdulmutallab, de 23 anos, quis fazer explodir o aparelho. Desde então, a autoridade americana para a segurança nos transportes, Transportation Security Administration (TSA), tem emitido diversas novas directivas para um controlo mais rigoroso de passageiros e bagagens, dirigidas não só às companhias aéreas americanas, mas também a todas as outras com voos para os Estados Unidos, as quais podem, inclusivamente, ver recusada a entrada no país se não acatarem as novas regras. A TAP e a SATA, que são as duas únicas transportadoras aéreas portuguesas a operar voos comerciais regulares para os Estados Unidos, garantem que estão a cumpri-las.

"A TAP cumpre todos os procedimentos de segurança exigidos pelas autoridades dos países para os quais opera voos, o que inclui naturalmente as novas orientações emanadas dos Estados Unidos na sequência do atentado frustrado de Dezembro", assegurou ao DN o porta-voz da empresa. A companhia não divulga, porém, quais os novos procedimentos, para não comprometer a eficácia dos mesmos. Já quanto a um eventual aumento dos custos com as novas regras, "neste momento só se verificam em caso de afectarem a pontualidade dos voos", explicou António Monteiro. Por isso, a TAP solicita aos passageiros que se apresentem no check-in três horas antes da partida do voo e que se dirijam à sala de embarque logo que finde aquele processo.

Já a SATA passou a pedir uma antecedência de duas horas e meia, quando antes era de apenas duas horas, "a fim de evitar atrasos nos voos devido a novos procedimentos de segurança mais demorados", afirmou ao DN o porta-voz da transportadora aérea açoriana. Segundo José Gamboa, as medidas adicionais de segurança passam basicamente pelo "reforço do questionário que já era feito aos passageiros antes do check-in, revista dos passageiros com o sacanner manual após a passagem no pórtico de raios-x e abertura de todas as bagagens de mão, com especial atenção para os líquidos trasportados".

A um maior rigor na revista de de passageiros e bagagens, juntam-se também novas directrizes para os pilotos. Assim, quando o avião se encontrar em espaço aéreo americano, deixam de poder ser dadas informações que possam indicar os locais que estão a ser sobrevoados.

Os pilotos podem também ter que ordenar aos passageiros que permaneçam sentados nos seus lugares, principalmente se receberem instruções para tal durante o voo das autoridades de segurança norte-americanas. Nos dias que se seguiram à tentativa de atentado no voo de Amesterdão para Detroit, chegou a ser noticiado que os passageiros não podiam sair dos seus lugares uma hora antes da aterragem. Mas "estas e outras medidas têm estado a ser ajustadas pela TSA, vigorando actualmente as regras emitidas no dia 3 de Janeiro", esclareceu José Gambôa.

Além dos novos procedimentos de segurança impostos às companhias aéreas, "não há, por enquanto, alterações às medidas de segurança implementadas nos aeroportos portugueses", segundo a porta-voz do INAC. "O assunto ainda está em discussão na União Europeia e Portugal acatará as decisões que forem tomadas a nível comunitário", acrescentou Sílvia Andrez.

Na semana passada, peritos em segurança da União Europeia estiveram reunidos em Bruxelas para debater o uso de scanners corporais nos aeroportos europeus, preconizado pelos Estados Unidos depois do incidente no dia de Natal. A necessidade desta medida está longe de ser consensual entre os 27. A presidência espanhola da UE já se manifestou a favor de uma posição conjunta sobre o uso daqueles equipamentos e o assunto será um dos pontos da agenda da primeira reunião entre os ministros europeus do Interior e da Justiça. Em causa estão questões éticas e mesmo da eficácia dos aparelhos, mas alguns países, com a Holanda e o Reino Unido, já decidiram avançar.



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