Depois de quase 60 anos de operações, a Japan Airlines (JAL), maior companhia aérea da Ásia em receita, pediu concordata ontem.
Afundada em dívidas de US$ 25,6 bilhões, a empresa continuará voando graças a uma injeção de quase 1 trilhão de ienes (US$ 11 bilhões) do Enterprise Turnaround Initiative Corp. (Etic), fundo apoiado pelo governo japonês responsável por coordenar processos de recuperação empresariais.
Para sair da concordata, a JAL pretende reduzir seu capital para zero, pedir a renúncia de parte da dívida, cortar custos e demitir 15,7 mil empregados – um terço do total de 47,5 mil. O pedido de concordata segue-se a meses de negociações entre a JAL, o governo e seus credores para elaborar um socorro à companhia deficitária.
Prejudicada pela queda no número de passageiros em meio à crise econômica global, pelo surgimento da gripe A e pela relutância em se livrar de rotas não lucrativas, a companhia registrou o maior prejuízo trimestral da sua história, de 99 bilhões de ienes (US$ 1,091 bilhão), nos três meses encerrados em junho do ano passado.
Na bolsa, a JAL vale apenas o preço de um Boeing 787
Por conta da quebra (a quarta maior do Japão), as ações da JAL deixam de ser negociadas na Bolsa de Tóquio até 20 de fevereiro. Em uma semana, os títulos perderam 90% de seu valor, até alcançar capitalização total de apenas US$ 150 milhões, o preço de um Boeing 787. A empresa confirmou a demissão de seu presidente, Hakura Nishimatsu, que será substituído pelo fundador da corporação Kyocera, Kazuo Inamori. O Etic informou que em breve anunciará um parceiro para participar da gestão. Delta Air Lines ou American Airlines já mostraram interesse em assumir a companhia.
A JAL é cliente da Embraer, fabricante brasileira de aviões. Seis aeronaves modelo 170 já foram entregues, e há mais quatro pedidos encaminhados. Outro reflexo no Brasil foi o cancelamento da operação do voo da empresa japonesa no aeroporto de Cumbica, em Guarulhos (SP). Conforme a Agência Nacional de Aviação Civil, a JAL precisa prestar atendimento para quem comprou passagem da companhia.
FONTE:Zero Hora
Empresa aérea japonesa pede concordata
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