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BNDES deve financiar 60% dos jatos da Embraer em 2010

Cerca de 60% das entregas de aviões comerciais da Embraer em 2010 devem ser financiadas pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e pelo Fundo de Garantia à Exportação (FGE), afirmou hoje o presidente da fabricante de aviões, Frederico Fleury Curado.

O porcentual, bem maior que os 30% a 35% das entregas de aeronaves comerciais que em 2009 receberão recursos do BNDES e do FGE, ocorrerá tanto pela redução das entregas de novos aviões do gênero, como por um aumento nos desembolsos do banco de fomento.

Em conversa com jornalistas, Curado disse que negocia com o BNDES linhas para ajudar seus clientes a comprarem aviões.

"Tenho confiança de que não teremos surpresas negativas nas entregas por falta de crédito, seja via BNDES ou no mercado externo", disse Curado, destacando que a Embraer não pretende usar seu caixa para financiar clientes.

Com o incentivo do BNDES, que até abriu uma linha em reais para financiar a compra de jatos da Embraer, a participação de compradores nacionais na composição da receita da companhia atingiu o recorde de 10% em 2009. Antes, a fatia do mercado brasileiro oscilava de 3% a 6% no máximo.

Companhias aéreas como Azul e Trip foram as principais clientes de aviação comercial da Embraer no Brasil em 2009. O ano também foi bom para a fabricante na área de Defesa.

É bom frisar que a proporção de empréstimo público sobre as entregas de aeronaves comerciais está ligada, principalmente, às vendas menores previstas para 2010. Boa parte da queda prevista de 10% da receita líquida da Embraer no ano que vem, comparativamente aos US$ 5,5 bilhões que devem ser faturados em 2009, deve ocorrer no mercado de aviação comercial.

Em 2009, segundo Curado, foram vendidos 18 aviões comerciais, mas houve o cancelamento das entregas de 32 unidades.

Em seu balanço sobre 2009, o presidente da Embraer observou que, apesar dos desafios e dificuldades que este ano reservou à aviação, a fabricante termina o período "sólida e com caixa equilibrado".

O ano que vem será "tão ou mais difícil" que 2009, mas Curado afirma que a redução de custos na companhia não passará pela área de pessoal ou pelos investimentos, que devem ser mantidos em US$ 350 milhões no próximo calendário.

No começo de 2009, a Embraer demitiu 4,2 mil trabalhadores - o maior corte de pessoal realizado por uma empresa brasileira durante a crise. Segundo Curado, desde o grande corte de pessoal a empresa perdeu outros 150 a 180 funcionários, entre demitidos, aposentados ou vagas de empregados que saíram da empresa e não foram repostas.

No mês passado, o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos divulgou nota à imprensa para dizer que a fabricante teria dispensado outros 600 metalúrgicos de sua fábrica no interior paulista. Hoje, de acordo com o dirigente da Embraer, a fabricante emprega 19 mil pessoas, incluindo os funcionários de suas subsidiárias.

fonte: Agência Estado por Michelly Chaves Teixeira

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