American e Delta por fatia na JAL se intensifica

A batalha para comprar uma fatia na Japan Airlines (JAL) se intensificou nesta quinta-feira (03), depois que a American Airlines, controlada pela AMR Corp., anunciou que está preparada para investir US$ 1,1 bilhão na debilitada companhia aérea japonesa junto com a empresa de private equity TPG, segundo o Wall Street Journal. A oferta superou a apresentada pela Delta Air Lines no dia 18 deste mês, de US$ 1,02 bilhão.

A American e a Delta estão brigando abertamente pela chance sem precedentes de investir na JAL, a maior companhia aérea da Ásia em receita. Em um país onde as negociações são normalmente discretas e realizadas a portas fechadas, a disputa pública tem espantado e confundido os japoneses. As duas companhias norte-americanas concederam coletivas de imprensa hoje, ambas cheias de críticas aos planos e capacidades da concorrente.

As abordagens da American e da Delta, pouco comuns no Japão, destacam sua determinação para se unir com a JAL, à medida que tentam se expandir na Ásia - o mercado de aviação que cresce mais rapidamente no mundo. Além disso, o Japão e os EUA estão perto de um acordo de "céus abertos" ("open skies") que vai liberalizar significativamente o transporte aéreo entre os dois países. Autoridades vão se reunir em Washington na próxima semana para realizar a última rodada de conversas do ano e esperam que o acordo possa ser fechado.

A JAL, que já foi uma imponente companhia aérea que atuava como ponte entre o Japão e o resto do mundo, sofreu um golpe ontem, ao ter seu rating rebaixado a "selective default" pela Standard & Poor's. A companhia está procurando mediação com os credores para adiar o pagamento de empréstimos e pediu um financiamento ponte de 125 bilhões de ienes (US$ 1,41 bilhão) do estatal Banco de Desenvolvimento do Japão e outras instituições. A JAL possui mais de 1 trilhão de ienes em dívida líquida e obrigações com pensão e no terceiro trimestre deste ano registrou seu quarto prejuízo trimestral consecutivo. As informações são da Dow Jones.
FONTE:Agência Estado