Grupo12Horas.Aérea

Dassault rebate acusações sobre proposta ao Brasil

A disputa entre pesos pesados da aviação militar em torno da venda bilionária de caças ao Brasil acabou por balançar a posição confortável do consórcio francês Rafale, o preferido do governo federal. Em meio ao bombardeio de acusações dos últimos dias, o executivo Jean-Marc Merialdo, diretor da multinacional francesa Dassault e representante do consórcio no País, acusou as concorrentes de divulgar "inverdades" e de agir com "deslealdade" e "falta de compostura" para influenciar a decisão brasileira.

Jean-Marc Merialdo garantiu que a proposta francesa é mais vantajosa para o Brasil porque é a única que garante total transferência de tecnologia ao País. Afirmou também que a nova frota, prevista no projeto FX-2 do governo federal, resgatará a superioridade militar do Brasil na América do Sul, ameaçada por vizinhos como a Venezuela e o Peru, que se equiparam com caças russos e garantirá essa hegemonia pelos próximos 40 anos, até que uma nova geração de aviões militares entre em cena.

O negócio envolve a compra de 36 caças de última geração para modernizar a Força Aérea Brasileira (FAB), num valor estimado de mais de US$ 4 bilhões. Disputam a encomenda o Rafale e dois outros consórcios: o sueco Gripen NG, da Saab, e o F-18 Super Hornet, da norte-americana Boeing. Os três fizeram suas ofertas finais há um mês, com o máximo de desconto que puderam oferecer, e as propostas estão em fase de análise por uma comissão de especialistas do Alto Comando da Aeronáutica.

O relatório com a avaliação das propostas será divulgado até o final do mês, mas a decisão, prevista para dezembro, será política e com base no interesse estratégico do País, segundo tem informado o Ministério da Defesa.

Enquanto o resultado não sai, as três gigantes se digladiam. A Saab divulgou que o seu Gripen custa a metade do preço do Rafale, enquanto a Boeing acusou o modelo francês de estar superfaturado em 40%.

Merialdo garantiu que as alegações da Boeing são falsas e desqualificou o modelo Gripen, o qual rotulou como um "monomotor" de capacidade militar superada, comparada à de um Mirage 2000, que está sendo aposentado. Mas ele se negou a detalhar os valores finais da proposta francesa, alegando respeito à cláusula de confidencialidade.

Além da transferência de tecnologias críticas, ele garantiu que a proposta francesa tem várias vantagens. Uma delas é a contrapartida, oferecida pelo presidente francês, Nicolas Sarkozy, de comprar no mínimo 10 aviões KC-390, o mais novo modelo desenvolvido pela Embraer. Além da liderança militar aérea no continente, o Brasil terá preferência para vender na América Latina os Rafale que vier a produzir no futuro.

Os primeiros seis Rafale da encomenda, caso o consórcio vença, serão produzidos na França, com a participação brasileira para garantir aprendizado e a rápida entrega dos primeiros modelos. Os demais 30 caças serão montados no Brasil, provavelmente nos dois parques industriais da Embraer, em São José dos Campos e Gavião Peixoto.

FONTE: Agência Estado

Grupo12Horas.Aérea

About Grupo12Horas.Aérea -

Author Description here.. Nulla sagittis convallis. Curabitur consequat. Quisque metus enim, venenatis fermentum, mollis in, porta et, nibh. Duis vulputate elit in elit. Mauris dictum libero id justo.

Subscribe to this Blog via Email :
© Copyright 2017 12Aérea News. Designed by HTML5 | Distributed By . G12horas.Aerea.