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Aviação virtual paga por horas “voadas” e já tem até controlador de voo

Desde pequeno, o cearense Flávio Marques, de 24 anos, é apaixonado pelo mundo da aviação. Quando criança, ao ouvir o som de avião, já corria para fora de casa para olhar a aeronave no céu. “Fui muitas vezes chamado de matuto por causa disso, não sei explicar, mas é uma paixão que vem da minha infância”, relembra.

Flávio cresceu e seu sonho não virou exatamente uma realidade. Como forma de suprir o desejo de pilotar aviões, o jovem descobriu um hobby que não larga mais: transportar os sonhos em asas virtuais.
Dono da sétima maior empresa de aviação virtual do mundo, o designer gráfico passa cerca de três horas por dia em frente a uma tela de computador, como se estivesse em uma cabine de pilotagem. Nos finais de semana, o entretenimento acaba sendo maior, cerca de 10 horas “voando”, até porque o tempo gasto para fazer uma viagem virtual é o mesmo gasto na real. “Já cheguei a fazer um voo de 14 horas”, garante.
O jovem calcula combustível, faz análise de peso total de passageiros, estuda as condições meteorológicas, executa o procedimento de decolagem e se comunica com controladores de voo. Com o objetivo de tornar tudo mais real, ele explica que existem redes de voos online e servidores monstruosos.
Uma pessoa conectada na rede que decola de Fortaleza a São Paulo, e outra no sentido contrário, em algum momento do voo podem ser ver durante a pilotagem. “Da mesma forma que existem pilotos virtuais, há também os controladores de voo. Com isso, a simulação fica tal qual a real. Além disso, o piloto tem que usar toda a fonia aeronáutica, como chamar o controlador e executar os procedimentos para voar online”, relata.
Todas as atividades realizadas no voo real são praticadas por pilotos virtuais por meio de simuladores. Os mais famosos, responsáveis por aproximar os sonhos à realidade, são o Microsoft Flight Simulator 2009, X!, XPlanner e Prepar3d.

Empreendedorismo
A empresa de Flávio, Eagle Airlines, surgiu em 2012, a partir da vontade de um grupo de amigos que “voavam” juntos. Ela é como uma companhia aérea real, mas sem fins lucrativos. O piloto se cadastra em um site e é “contratado” pela empresa.
Basicamente, a Eagle Airlines passa informações para o piloto virtual, incluindo escolhas de rotas (nacionais e internacionais) e modelos de aeronaves. Caso o usuário não tenha conhecimento sobre aviação, na empresa existem instrutores capacitados, oferecendo todo o suporte para iniciar a simulação.
Um dos sistemas usados é a contagem de horas de voos de cada usuário. No fim do mês, é feito um levantamento da quantidade de horas pilotadas. “Somos a primeira empresa virtual a pagar os pilotos virtuais com dinheiro real. Pagamos até R$ 0,10 por hora voada”, exalta.
Apesar de a aviação ser virtual, o designer não esquece os problemas reais. Segundo diz, por ele estar à frente da companhia, tem que tratar o hobby como algo mais sério. “Diferente de ser apenas piloto, temos que pensar em ações para motivar todos os pilotos a voarem pela Eagle. Fazemos eventos toda a semana. Temos que pensar em dar uma estrutura diferenciada das outras companhias aéreas”.

Do real para o virtual, e vice-versa
Além da experiência de pilotar um avião, o simulador também proporciona amizades novas, pessoas de lugares diferentes, que batem papo e trocam informações com essa mesma paixão. “Posso dizer que tenho grande amigos, sem ao menos conhecê-los pessoalmente”.
O jovem resgata casos até de pilotos reais que fazem parte do mercado de aviação virtual, surgido em meados da década de 1990. “A explicação que posso dar é que a profissão é tão apaixonante que, quando não estão trabalhando, não conseguem ficar longe de um cockpit [cabine de pilotagem], mesmo sendo virtual”.
Um dia, Flávio pretende ser um piloto real. Segundo ele, a questão financeira é um empecilho para entrar em uma escola de aviação. Caso surja uma oportunidade, o jovem planeja colocar em prática o aprendizado na aviação virtual, fazendo um curso de aviação, para obter o certificado de Piloto Privado.
“No Brasil é muito caro se formar para ser Piloto Comercial, sempre achei muito distante financeiramente para mim. Pretendo tirar meu brevê, que me dá o direito a chegar em um aeroclube e alugar um avião monomotor para voar”. O céu não é limite para quem sonha em trocar o joystick pelo cockpit.


As informações são"http://tribunadoceara.uol.com.br/noticias/perfil-2/aviacao-virtual-paga-por-horas-voadas-e-ja-tem-ate-controlador-de-voo/".Sempre é citado o link de referência. O conteúdo é de Responsabilidade:Alan Alves 

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