Para este ano, a Gol prevê redução do número de voos e adequação de custos, já que, de acordo com dados divulgados, a companhia encerrou 2011 com um prejuízo de R$ 710,4 milhões. No ano de 2010, a empresa obteve lucro de R$ 214,2 milhões. Como consequência destes resultados, a Gol reduziu em cerca de 8% sua oferta de voos diários. De acordo com a companhia, o aumento de preço das passagens para compensar a alta de custos operacionais – que subiram 41% - reflete na demanda, que está menos aquecida do que no primeiro semestre do ano passado. "O mercado hoje não tem o mesmo nível de estímulo e há uma dificuldade de repassar os custos para o preço das passagens", afirmou Constantino de Oliveira Junior, presidente da Gol. "A redução da oferta é uma forma de minimizar o impacto negativo [da alta de preços] sobre a demanda", acrescentou.
O número de funcionários que será demitido não foi revelado pela empresa. A Gol iniciou um programa de demissão voluntária e, de acordo com a adesão que receber, vai iniciar um processo de demissão dentro dos critérios estabelecidos pelo Sindicato Nacional dos Aeronautas.
Segundo Constantino, apesar de a companhia parar de vender assentos para os voos a serem interrompidos, nenhum destino será descontinuado. Serão cortadas frequências e horários de menor demanda, principalmente em voos noturnos.
A empresa ressalta que os custos operacionais subiram 41% no período, principalmente devido a alta de 56,6% nos gastos com combustíveis, de 30% com funcionários e de 148% com material de manutenção.
Para este ano, a Gol espera reduzir seus custos em R$ 500 milhões.
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