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NOVOS DASH Q400 - SATA Air Açores espreita a Macaronésia


Na recente apresentação à imprensa do primeiro Dash Q400, aparelhos que vão substituir os actuais ATP da SATA Air Açores, António Meneses, Presidente do Conselho de Administração da companhia aérea, destacou a versatilidade das aeronaves manufacturadas pela canadiana Bombardier, deixando a possibilidade de explorar novas rotas dentro do mercado da Macaronésia. O Presidente da SATA sublinhou, no entanto, que não foi essa vertente de expansão “que esteve na base da decisão” aquando da escolha dos Dash Q400, mas que é uma “felicidade” poder contar com mais essa ferramenta para fazer face à competitividade do sector.

O Dash Q400 tem um comprimento a rondar os trinta metros e capacidade para 80 lugares sentados. A sua capacidade de efectuar mais voos em menor tempo, reduzindo ainda os consumos de combustível e emissão de CO2, foi alguns dos argumentos que convenceram os responsáveis da empresa. “Sendo uma aeronave que precisa de esgotar menos tempo em solo, podemos crescer os número de voos por dia, respondendo à sazonalidade do tráfego do arquipélago, permitindo no inverno fazer as devidas manutenções e fomentar novos hábitos nos açorianos”, reforçou.

A nova rota anunciada, Ponta Delgada/Funchal/Canárias ou Faro num só dia com ida e volta, é um bom exemplo da vontade da SATA Air Açores em criar novas dinâmicas de movimentação nos Açores, quer sejam turistas ou residentes.

Sobre o Dash Q400 NextGen

O novo turbo hélice da SATA Air Açores teve na década de 80 a origem da sua geração. Na época designado de Dash 8, nome que ostentou até 1996, rapidamente se tornou num sucesso comercial junto de companhia regionais que operavam em rotas de curta duração. Com a introdução do “sistema de supressão de ruídos”, a Bombardier acrescentou o “Q” de “quiet” ao Dash e iniciou a serie Q. Esta família de aeronaves conta com quatro modelos. O Q100, o Q200, o Q300 e o Q400. A SATA Air Açores pretende conciliar o Q200, de 37 passageiros, e o Q400, de 80, para melhor tirar partido das especificidades das ligações às diferentes ilhas.

O novo Q400 vem equipado com dois motores da nova geração PW150A, com 5,071 cavalos (shp). O conforto, o espaço para bagagem de porão e de cabine, os baixos níveis de ruído, a necessidade de curtas distâncias de pista para aterragem e descolagem, os baixos consumos e baixos custos de operacionais são as principais características do Q400 NextGen.

Tivemos a possibilidade de experimentar algumas potencialidades do Q400 da companhia canadiana Porter, entre Toronto e Boston, apesar de não ser tão recente como os adquiridos pela SATA. O conforto dos passageiros é nota de destaque, apresentando a aeronave assentos e bagageira espaços, e boa altura para circulação de pessoas no corredor. Assim que começarem a operar nos Açores vamos comprovar a boa estabilidade com condições climatéricas mais adversas, nomeadamente com vento, que os engenheiros da Bombardier tanto proclamaram.

Os açorianos do Q400 NextGen

O Canadá é um dos destinos preferenciais para a emigração portuguesa. A comunidade lusa naquele lado do Atlântico é grande e foi com naturalidade que encontramos bastantes portugueses, entre eles muitos açorianos a trabalhar na Bombardier. Os novos Dash Q400 NextGen tiveram mãos lusitanas na sua construção e muitos desses trabalhadores marcaram presença na cerimónia de entrega do avião à SATA. Era visível a satisfação daquele reduto de funcionários lusos ao ver o fruto do seu trabalho adquirido por uma companhia que representa as suas origens. A palavra “orgulho” marcou os discursos dos responsáveis da Bombardier e foi repetida diversas vezes pelos “açorianos” do Q400 NextGen.

Um projecto sustentável

Os quatro aparelhos comprados pela SATA Air Açores constituem um investimento de 74 milhões de euros, sendo que cada aeronave tem um custo a rondar os 20 milhões de dólares americanos, cabendo ao restante dinheiro a função de custear os processos de formação da tripulação e peças sobressalentes.

Recorde-se que esta aquisição foi financiada por duas instituições bancárias, o BEI (Banco de Investimentos Europeu) e pelo BES (Banco Espírito Santo). A importância destas operações foi sublinhada pelo Presidente do Conselho de Administração da SATA, nomeadamente a participação do BEI nesta operação. “As boas condições conseguidas junto do BEI foram prova da nossa boa escolha pela Bombardier. O trabalho de todas as equipas da SATA foi recompensado pelo voto de confiança dessa importante instituição europeia”, referiu.

António Meneses mencionou ainda a “sustentabilidade” do projecto da SATA Air Açores na renovação da sua frota: “adquirimos aeronaves com uma vida longa, maior capacidade de transporte de carga e passageiros, e com uma pegada ambiental mais reduzida. O aval do BEI prova que a escolha foi a ideal para a região e sua sustentabilidade”.

Por escolher está ainda o nome do primeiro Dash Q400.



FONTE:

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