O módulo tem três motores principais localizados na parte traseira da fuselagem (corpo da nave espacial). Cada motor tem 4,3 m (14 pés) de comprimento, 2,3 m (7,5 pés) de diâmetro na parte mais larga (o bocal) e pesa cerca de 3.039 kg (6.700 lb).
Os motores principais fornecem o restante do impulso (29%) para lançar o ônibus da plataforma para a órbita.
Os motores queimam hidrogênio e oxigênio líquido, que são estocados no tanque de combustível externo (ET), numa proporção de 6:1. Eles sugam o hidrogênio e o oxigênio do ET numa taxa impressionante, o equivalente a esvaziar uma piscina a cada 10 segundos. O combustível é queimado parcialmente numa pré-câmara para produzir alta pressão, gases quentes que controlam as turbo-bombas (bombas de combustível). O combustível é então completamente queimado na câmara principal de combustão e os gases expelidos (vapor de água) deixam o bocal a aproximadamente 10.000 km/h. Cada motor pode gerar entre 1.668.083 e 2.090.664 N de empuxo; a taxa de empuxo pode ser controlada entre 65% até 109% do empuxo máximo. Os motores são montados em dispositivos pivotantes que controlam a direção do exaustor e a direção do foguete.
Tanque de combustível externo
Como mencionado acima, o combustível para os motores principais é guardado no ET, que tem cerca de 48 m (158 pés) de comprimento e 8,4 m (8,4 pés) de diâmetro. Quando vazio, o ET pesa 35.455 kg (78.000 lb). Ele guarda cerca de 719.000 kg (1,6 milhão de libras) de propelente com um volume total de cerca de 2 milhões de litros.
O ET é feito de alumínio e materiais compostos de alumínio. Ele possui dois tanques separados, o tanque da frente para o oxigênio e o tanque traseiro para o hidrogênio, separados por uma região entre os tanques. Cada tanque tem defletores para amortecer o movimento interior do fluido. O líquido flui de cada tanque por uma linha alimentadora de 43 cm de diâmetro para fora do ET e é levado até os motores principais do ônibus. Por essas linhas, o oxigênio pode fluir numa taxa máxima de 66.600 l/min, e o hidrogênio pode fluir numa taxa máxima de 179.000 l/min.
O ET é coberto por uma grossa camada de 2,5 cm de espuma isolante de poliisocianurato. O isolamento mantém o combustível frio, protege-o do calor que a parte externa do ET cria durante o vôo e minimiza a formação de gelo. Quando o Columbia foi lançado, em 2003, as camadas da espuma isolante do ET se partiram e danificaram a asa esquerda do módulo, o que fez com que o Columbia se partisse na reentrada.
A seguir, veremos o sistema de manobras do módulo, lançamento e a vida no espaço.