A Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) identificou a ocorrência de sete colisões de pássaros em aeronaves durante os três primeiros meses de 2013 no Aeroporto Internacional Eduardo Gomes, em Manaus. O índice é considerado normal para o período chuvoso em que as aves tendem a migrar de local. Conforme o padrão internacional da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), até 8,8 colisões são consideradas dentro da normalidade.
As informações são"G1".Sempre é citado o link de referência. O conteúdo é de Responsabilidade:Thiago Oliveira
No último dia oito de março, um pássaro entrou na turbina de um avião e assustou 132 passageiros em um voo da TAM que seguia até o Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo. No ano passado, a Infraero detectou 22 colisões. A causa para a presença de tantas aves na área do aeroporto é a existência de lixões e feiras clandestinas nos bairros próximos, como Redenção, Parque Riachuelo e Alvorada, na Zona Oeste da capital amazonense.
Uma equipe da Infraero monitora o raio de 20 km no entorno do aeroporto a cada dois dias, de acordo com o superintendente do Aeroporto de Manaus, Aldecir de Oliveira Lima. A estratégia é para evitar a presença de aves. "A ação já fechou pocilgas, lixões e descarte irregular de resíduos, mas tudo está relacionado com a educação ambiental", afirmou o superintendente.
A atuação de combate envolve autoridades estaduais e órgãos da Prefeitura de Manaus, entre eles a Secretaria Municipal de Limpeza Pública (Semulsp). A Comissão de Prevenção do Perigo da Fauna (CPPF) faz visitas periódicas aos bairros fazendo palestras de educação ambiental, recolhendo lixo depositado em locais impróprios e fazendo a conscientização em feiras. A Infraero possui também um convênio com o Centro de Desenvolvimento Tecnólogico da Universidade de Brasília (CDT/UnB) para redução dos fatores atrativos da fauna.
Segundo o tenente-coronel Artur Rangel, do Serviço de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Ceripa VII), cabe a Aeronáutica investigar a localização dos pontos atrativos para as aves. "Existem muitos urubus em Manaus e há um trabalho de remover as aves com maior incidência de colisão para um trabalho de manejo feitos pelos biólogos. O risco aviário envolve muitos órgãos para que, inclusive, o lixo do entorno do aeroporto seja combatido", explicou o coronel.
Durante as operações de fiscalização, o titular da Semulsp, Paulo Farias, afirmou identificar também áreas desertas utilizadas para a prática de oferendas. "Fazemos a coleta diária nos locais, mas sempre encontramos lixeiras viciadas com oferendas. Já apreendemos veículos que estava fazendo descarte clandestinos, mas insistimos que a população colabore porque a colisão de aves em aviões é algo muito perigoso que pode derrubar voos", disse.
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