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Helibras está perto de fechar venda de super-helicóptero


A fabricante de helicópteros Helibras iniciou a operação de sua nova fábrica no melhor estilo mineiro, quietinha, e já entregou quatro unidades de sua aeronave de grande porte para as Forças Armadas e à Presidência da República, o EC-725. Porém, esse período de pouco barulho deverá se encerrar em breve com a inauguração oficial da unidade e com novos contratos para a venda do aparelho, que pode chegar a custar US$ 30 milhões. Este valor se assemelha ao de muitos jatos executivos de grande porte. A perspectiva é atender a parcela de 50% da demanda por helicópteros para o transporte de pessoas na indústria de petróleo e gás, que deverá ser de 100 aeronaves que transportam quase 20 pessoas.
De acordo com o presidente da fabricante, cuja sede está em Itajubá (MG), Eduardo Marson, a nova unidade foi viabilizada por meio do contrato fechado com o governo para o fornecimento de 50 unidades do helicóptero, dividas entre  Exército, Marinha e Aeronáutica (16 unidades para cada Força) mais duas para a Presidência. Se a fábrica produzisse o modelo mais popular da empresa, o Esquilo, na nova planta, elevaria a  capacidade da Helibras entre quatro e cinco vezes. Segundo Marson, a controladora da companhia, a europeia Eurocopter, vê o Brasil como estratégico.
“Hoje o Brasil é o quarto pilar da Eurocopter, empresa a que pertencemos e que por sua vez faz parte do conglomerado Eads ([a mesma que controla a Airbus]”, disse Marson. “Essa percepção da matriz tem como base o potencial de crescimento no Brasil, a nossa ideia é de atender ao setor de petróleo e gás, após os pedidos militares. Estamos em negociação com clientes para anunciar as primeiras vendas civis na inauguração da fábrica, e isso deve ocorrer em breve”, prometeu o executivo, em entrevista exclusiva ao DCI.
Os 46 helicópteros restantes do pedido governamental deverão ocupar a capacidade da Helibras até 2017, mas já a partir de 2015 a empresa poderá começar a fabricação de unidades civis. Entre os planos da empresa está a conquista de grandes contratos para o fornecimento de aeronaves para o transporte de trabalhadores na indústria de petróleo e gás em alto-mar.
“Para ter ideia, a Petrobras anunciou que terá uma demanda entre 180 e 200 helicópteros nos próximos cinco anos e, destes, 50% serão de grande porte”, disse Marson, que destacou a perspectiva de que seus produtos têm vantagem perante a concorrência por serem aptos ao financiamento pelo Finame, do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). “Na indústria aeronáutica brasileira apenas a Helibras e a Embraer são ‘finamizáveis’”, comentou. Essas aeronaves de grande porte podem carregar 19 passageiros. Além disso, esse segmento da indústria pode elevar ainda a receita com serviços e manutenção em função do alto número de horas de voo dessas aeronaves em comparação com o segmento de aviação executiva normal. As prestadoras de serviço às petroleiras voam 120 horas por mês, enquanto na executiva são 20 horas no mesmo período. Outra possibilidade de crescimento da empresa está no desenvolvimento de um produto totalmente nacional, “o helicóptero brasileiro”, como o classifica Marson. Segundo o executivo, a nova fábrica conta com uma equipe de 70 engenheiros alocados não só para o projeto das unidades governamentais, mas para futuros desenvolvimentos, com o apoio da Eurocopter. 
Entre as razões para esse otimismo, está o crescimento do mercado e das operações da empresa por aqui. Apesar de considerar a cidade de São Paulo próxima da maturidade em número de aeronaves, o País apresenta outras regiões onde pode se desenvolver. Tanto que a empresa abriu uma nova frente de atuação: um escritório de vendas na Região Nordeste, na cidade de Fortaleza. Ele citou ainda a demanda no centro-oeste, com o agribusiness, e no Espírito Santo com os ‘novos milionários do pré-sal’ ”.
Crescimento
A Helibras registrou um faturamento de R$ 288 milhões em 2011, resultado da produção e entrega de 33 novas aeronaves e do aumento da participação da venda de serviços. Deste total, R$ 212 milhões (74%) foram gerados pelas operações de vendas de novos helicópteros, e R$ 76 milhões pela prestação de serviços e venda de peças de reposição. Das entregas, 26 unidades tiveram como destino o mercado executivo, e sete,  governos. Neste ano, a companhia trabalha com projeção de vender 40 unidades e entregar 32. 
A empresa inclusive adotou  um segundo turno na linha de produção para entregar as 42 aeronaves comercializadas, seis a mais que a capacidade nominal de produção da fábrica antiga, localizada na mesma cidade, que é de 36 helicópteros. 
No mundo, a Eurocopter gerou  faturamento recorde em 2011, decorrente da entrega de 503 aeronaves e negócios de 5,4 bilhões de euros, um crescimento de 12,5% em relação ao ano anterior. 


As informações são"panoramabrasil Por: Maurício Godoi".Sempre é citado o link de referência.

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