Já temos um memorando de entendimento assinado com mais de 25 empresas brasileiras do setor aeroespacial e de defesa visando o estabelecimento de parcerias duradouras, a exemplo do que já fizemos com a Embraer , comentou.
Nos últimos dois meses, Boeing e Embraer assinaram dois acordos de cooperação, um para o programa de desenvolvimento do avião de transporte militar KC-390 e o outro para o fornecimento de sistemas de integração de armamento para a aeronave Super Tucano.
O contrato mais recente da Parker com a Embraer, segundo Bonatto, foi para o jato executivo Legacy 500, que está em fase final de desenvolvimento. As companhias aéreas Gol e Azul também são clientes da Parker e o novo centro de serviços atenderia ao crescimento da demanda das companhias aéreas que atuam no mercado brasileiro e da América Latina.
A Parker também é fornecedora de sistemas para o F-18. Caso tenhamos uma fábrica no Brasil, provavelmente ela seria instalada em São José dos Campos onde já temos uma unidade industrial que atende outros mercados, explicou o diretor. O projeto do centro de serviços, de acordo com Bonatto, ainda não tem data definida, mas deverá ser implementado no médio prazo.
O diretor da divisão Sistemas Embarcados e Espaciais da Raytheon, que foi a empresa integradora do Sivam (Sistema de Vigilância da Amazônia), Larry Seeley, disse que já assinou memorandos de entendimento com dez empresas brasileiras e que o governo americano autorizou a companhia a transferir tecnologia na área de radares e de sistemas eletrônicos que equipam o caça F-18.
Estamos oferecendo a possibilidade das empresas brasileira fornecerem diversos componentes dos nossos sistemas aviônicos mais avançados, usados atualmente pelo F-18 da Marinha americana, como o radar APG 79 AESA (da sigla em inglês Varredura Eletrônica Ativa) e o ATFLIR (sistema de rastreamento e visualização de alvos por infravermelho), explicou.
Segundo Seeley, na terça-feira a companhia conversou com executivos da Mectron, empresa do grupo Odebrecht, especializada em mísseis e sistemas eletrônicos, sobre a possibilidade de a brasileira vir a fabricar alguns componentes do sistema ATFLIR. Pelo contato que já tivemos até agora, as empresas brasileiras estão muito interessadas em adquirir conhecimento dessas tecnologias de sistemas da Raytheon, disse.
O gerente-geral de Soluções para Aeronaves Comerciais da BAE, Todd Rash, disse que a companhia pretende explorar oportunidades de parceria não só na área de defesa, para o F-18, mas também na área de aviação comercial e citou como exemplo as negociações que vem mantendo com a TAP, na parte de manutenção e reparo de aeronaves.
No fim deste mês, segundo ele, a BAE também espera fechar o contrato de fornecimento dos sistemas eletrônicos de controle de voo para o avião de transporte militar KC-390, para o qual a empresa também terá que assinar compromissos de offset (compensação e transferência de tecnologia). A BAE foi selecionada pela Embraer para o projeto do KC-390 em 2011. O valor do contrato está estimado em US$ 36 milhões.
As informações são"bolsavalores via Valor Econômico, Investe SP".Sempre é citado o link de referência. O conteúdo é de Responsabilidade:Thiago Oliveira Ferraz