A GOL Linhas Aéreas Inteligentes anunciou hoje, dia 11, seus resultados do terceiro trimestre de 2011. O principal dado fica a cargo da receita líquida que ficou em R$ 1.843,7 no período, um aumento de 3,1% diante dos R$ 1.788,9 registrados no mesmo período de 2010 e 17,7% diante dos R$1.566,3 do segundo trimestre. Na comparação anual, o resultado reflete o aumento da demanda na malha área da companhia (crescimento de 10,4%).
Como resultado, a taxa de ocupação da GOL apresentou crescimento de 3,1 pontos percentuais, acompanhado por uma queda de 7,6% no yield do período. A receita de passageiros registrada durante esse trimestre ainda refletiu o cenário de baixas tarifas vivenciado no primeiro semestre do ano (vendas antecipadas). Adicionalmente, as receitas auxiliares apresentaram um crescimento de 12,5% ainda na comparação com o mesmo período do ano anterior e representaram cerca de 11,5% da receita líquida total.
A GOL encerrou o trimestre com um total em caixa, equivalentes de caixa e aplicações financeiras de R$ 2.126,7 ou 29,6% de sua receita líquida dos últimos 12 meses, em linha com a estratégia de manter uma forte posição de liquidez. Esse valor representa um aumento de 20,3% e 2,9% em comparação ao mesmo período de 201 e ao segundo trimestre deste ano, respectivamente. O caixa total representou 4,8 vezes as obrigações financeiras dos próximos 12 meses (5,2 vezes no 3T10 e 6,0 vezes no2T11).
O prejuízo operacional (EBIT) do período totalizou R$ 75,1 milhões, com margem negativa de 4,1%, em comparação ao lucro operacional de R$ 187,2 milhões (margem de 10,5%) de 2010 e do prejuízo operacional de R$ 270,8 milhões (margem negativa de 17,3%) registrado no segundo trimestre deste ano. O resultado na comparação anual reflete o cenário de aumento nos custos operacionais da companhia no período, principalmente em função do aumento no custo do combustível e crescimento no volume operacional.
O prejuízo líquido do terceiro trimestre totalizou R$ 516,5 milhões com margem líquida negativa de 28% em comparação a um lucro líquido de R$ 110 milhões no mesmo período de 2010 (margem líquida de 6,1%) e um prejuízo líquido de R$ 358,7 milhões no segundo trimestre deste ano (margem líquida de 22,9%). O resultado negativo do trimestre ocorreu principalmente em função da variação cambial da moeda norte-americana.
Demanda
“O resultado apresentado, apesar de aquém do planejado no início deste ano, indica o início da recuperação gradual e consistente de margens operacionais. Neste trimestre, a GOL foi impactada pelas receitas que ainda carregaram os preços praticados no primeiro semestre do ano, em função de um cenário extremamente competitivo. Já anunciamos uma estratégia conservadora de crescimento da frota e da oferta para 2012 com projeção de crescimento de ASKs entre 0% e 4% no mercado doméstico. E seguimos trabalhando o plano de redução de custo para que em 2012 retome os patamares de margem operacional de acordo com a exigência de seu modelo de negócios”, comentou o presidente da GOL, Constantino de Oliveira Junior.
De acordo com o executivo, para o quarto trimestre a expectativa da Companhia é consolidar todas as iniciativas desenvolvidas. “Os resultados destas iniciativas serão totalmente visivéis no decorrer de 2012, perfazendo um ganho total identificado até o momento de pelo menos R$ 500 milhões. A GOL termina esse período com cerca de R$ 2 bilhões em caixa assegurando uma liquidez robusta, fundamental durante um cenário macroeconômico volátil e sem pressão no calendário de amortização de dívidas. Ao longo do trimestre, a GOL conseguiu alcançar mais uma etapa importante de seus objetivos estratégicos referente a aquisição da Webjet”, ressaltou.
Em comparação a terceiro trimestre de 2010, a demanda doméstica na GOL apresentou alta de 13,5%, principalmente em função do estímulo tarifário observado durante o primeiro semestre de 2011 até meados da última semana de agosto, situação que impulsionou o tráfego de passageiros no território nacional no trimestre. A partir do final de agosto, o yield nas principais rotas da companhia começou a seguir uma nova tendência em função de uma resposta positiva do mercado em relação ao gerenciamento e controle da oferta de assentos. Em comparação ao segundo trimestre deste ano, a demanda doméstica apresentou aumento de 17,5% devido principalmente a sazonalidade. Para 2012, a GOL continuará adotando uma postura conservadora na adição de oferta no mercado, adotando uma projeção de não mais que 4% em sua oferta doméstica.
Já a demanda na malha aérea internacional da GOL apresentou queda de 16,1% em relação ao mesmo período do ano anterior, principalmente devido a descontinuidade da operação em Bogotá na Colômbia e o fim das operações de fretamento internacionais realizados com as aeronaves B767. O desempenho da demanda internacional foi parcialmente compensado pelo aumento nas frequências das operações internacionais para a região do Cone Sul e Caribe (Argentina e Punta Cana) e apreciação do Real frente o Dólar médio do período em 6,5%, situação que estimula o trafego de passageiro no Cone Sul e regiões do Caribe.
Em relação ao segundo trimestre, houve aumento de 18,9% principalmente em função da sazonalidade e maior número de frequências disponibilizadas para a região do Caribe. O desempenho da expansão da demanda internacional foi parcialmente compensado pela depreciação de 2,5% do Real frente ao Dólar médio entre os períodos.
As informações são"Brasilturis Jornal".Sempre é citado o link de referência. O conteúdo é de Responsabilidade:Samuel Pereira
